Thursday, June 30, 2005

Docteur Pachanga

Sim, ele existe. Uma pessoa cujo sobrenome é pachanga. E para o cúmulo dos cúmulos é médico. Não é bem aquele médico, é dermatologista. Mas não deixa de ter muito estilo. Ó dótor, pachanga-me o acne!!

Wednesday, June 29, 2005

5 MINUTOS NA MENTE DE CATARINA

Sei que não tenho aparecido no Mundo Encantado da Pachanga...mas, como todas sabem, a triste realidade é que sou uma mulher muito ocupada!!!
Aliás, sei que por diversas vezes se interrogam como seria "Ser Catarina Pereira"...
Pois bem...na impossibilidade de vos dar a conhecer todo o meu universo, seleccionei para vocês uma amostra bem representativa de 5 minutos dentro da minha mente...
"Dasss...esta merda de estacionamento nunca mais tá pronto...e eu que levei um raspanete por estar a lavar o carro em Nadrupe (porque há falta de água!), p'ra agora ficar com o carro todo cagado de pó das obras; é bom não me esquecer de nada dentro do carro! Com este calor e a esta distância do trabalho bem q passo sem o Ginásio...
Ai o cáral...que o torniquete nunca mais me lê o cartão (merda de empresa!)...
-Olá, boa tarde.. (tás mais gordinha, tás, tás!); Oi, tudo bem? (tás grosso, hoje!! passa lá q é p'ra te ver de outro ângulo!); Olá, tás bom? (tás bom, tás! e saudávelzinho, ai!....)
-Allo, cheguei!! Tá um calor aqui q não se pode!! Cafézinho?!?
Bem, não me apetece nada trabalhar (tb é verdade q não me apetece trabalhar há já algum tempo)...
-Porque é q estamos a ver a Sic?...metam aí uma musiquinha...não, no VH1, não!...no MCM!!
Dass...puta de trabalho, antes copy-paste, agora drag n'drop...a mesma merda, só o nome é que muda! Nunca mais sou drª...já mandei fazer a placa para a porta do meu gabinete (que ainda não tenho, mas q hei-de ter) e já mandei alterar o nome dos cheques (que não uso, mas vou passar a usar)...a partir daqui só pode melhorar...ou não...
-Inês, passa aí o cinzeiro...
Just Shoot ep.5, S.V, 24minutos e 20 segundo...PM5820 Sexo Cidade Sab/Dom...Elas em Marte ep.187 S.II... Humm, devia ir ao Blog...não, só quando despachar esta merda... vou escrever o "Diário de Uma Tesoureira" para os contos eróticos da outra...
-Ya...ganda música! Mete mais alto!
Je tourrrr arrrônd...trá-lá-lá... como é possível passarem isto com este calor?!...só de ver aqueles coletes tipo serra da estrela apetece-me desmaiar... Será que os cães sofreram danos irreversíveis ao participar neste Clip? não vi nenhum disclaimer a dizer o contrário...
-Posso mudar de canal? É que esta nova música dos Coldplay é igual a todas as outras músicas antigas dos Coldplay...
Tenho que dizer às outras que Coldplay e Fausto são a mesma coisa...as músicas são todas iguais (mais outra teoria bonita que elas vão adorar!). Maiores Parvos do Mundo, 23 m e 30 segs...Gato Fedorento, 20m e 20 segs...PS3310 Blitz... Acho que já lhes tinha contado esta nova teoria...humm, isto faz-me lembrar q se calhar devia ligar à Viçoso para saber como ela anda... estou a ficar preocupada...
E a outra gosma...será q já voltou do Algarve?...aquele filme novo deve ser giro...vou ligar, enquanto não nos cortam o telefone (empresa de merda!)...
-Epá, ò António, já te calavas, não?...tou a tentar trabalhar...
Devia ligar para a Marktest, tenho o seminário tão atrasado...acho q perdi o contacto...assim só acabo aquela merda em Dezem..
-Tou..sim? Oí, tás bom? Sim, claro, cinema mais logo...a que horas?...ahhh, ok, beijo, té logo!
Aí...o que é que eu faço?! Assim não dá...n devia ter atendido o telefone...
-Inês, olha aí o cinzeiro!!
...

Friday, June 24, 2005

O mundo da factura

Cada vez tenho mais respeito pelas pessoas que inventaram coisas como facturas, guias de remessa, notas de lançamento, recibos, débitos, créditos e merdas afins. Vivam! Tenham uma vida feliz e completa cheia de coisas boas.
Um pequeno desabafo.

O conto completo

Amigos e Amigas, aqui está finalmente o fantástico conto erótico da pachanga em três actos, feitos pelos gentis amigos le fante, comboio azul e proletário. Fica a vosso cargo enviar ainda mais contos, que possam concorrer devidamente com estas pérolas literárias.

O Relojoeiro Coxo - Um conto erótico
Acto I
Vivia ali para os lados de S. Domingos de Rana, zona velha, junto à estrada que liga a auto-estrada ao interior de Cascais, que depois fica quase Sintra, um relojoeiro, reformado antecipadamente, fruto de um acidente com um instrumento de precisão, vulgo chave philips, que o deixou coxo da perna esquerda. Ainda que em nada influenciasse a sua actividade, a assistente social afiançou-lhe que a providência nada oporia à sua aposentação, e o chefe nada de mal viu nisso, dado que o Sabrosa, assim se chamava, nem era grande artesão.Apesar de terra pequena, S. Domingos de Rana tem placa na A5 e, mais ainda, é local de passagem de praticamente todos os autocarros - camionetas, assim preferem chamar-lhes as gentes da linha - da região Oeiras/Cascais. É numa dessas carreiras que Sabrosa se apercebe da bela motorista Rosa de Alferes, rapariga de formas perversamente tornadas, uns bons quinze anos mais nova que o antigo relojoeiro, e que sempre tão gentilmente se lhe oferecia para picar o bilhete, enquanto Sabrosa se sentava no lugar junto à porta, de onde observava, ora o tornozelo poderoso que controlava através dos pedais o gigante de passageiros, ora o seio direito voluptuoso em tensão, sempre que girava o volante ao contornar uma rotunda, ora o perfil delicado sempre que levantava a cabeça para olhar pelo retrovisor a controlar a mitra dos subúrbios.Já metia conversa com Rosa de Alferes vai para cerca de sete meses, e a sua mente não sossegava de o inquietar com todo o tipo de fantasias ali mesmo dentro daquele transporte público.[Fim do Acto I - Passo então a coisa ao Comboio Azul, caso aceite. Senão cá volto.]
Le Fante

Comboio Azul disse...
Acto II
nfelizmente a conversa que metia não passava de um ocasional e inepto "Lindo dia, não?" ou um "Era um para Massamá, fachavor". Não havia nada em Massamá, mas pelo menos tinha mais tempo para apreciar os atributos da sua musa. Por entre travagens bruscas e arranques vigorosos, podia dar azo à sua imaginação, quebrada apenas aquando de um ou outro empurrão ou canelada que recebia por parte de passageiros que embarcavam e desmbarcavam num fluxo contínuo, um vai e vem que fazia lembrar a força da maré sob os efeitos da Lua.O antigo relojoeiro passava toda a viagem numa dualidade de espírito que fazia lembrar os mais severos casos de múltipla personalidade, embora se comportasse como um obsessivo-compulsivo com a sua rotina diária e tivesse a sensação, tipicamente narcisista, de extrema lucidez. Em suma, estava nitidamente a piorar a sua já precária saúde mental, sendo a pista mais óbvia o ter começado a pensar que estava a melhorar.Sabrosa conseguia aliar a observação metódica dos movimentos corporais da sua bela Rosa com fantasias extravagantes de jantares luxuosos em bistrots franceses à luz de velas. Faisões com molho de lima regados a Veuve Cliquot 1956, salada de alcaparras e rúcula, sorvete de pétalas de rosa, seguidos de um momento de dança ao som dos violinistas húngaros que compunham a orquestra do restaurante que se transformava em salão de baile, no qual apenas eles rodopiavam sem fim. Porém, a viagem terminava sempre na altura em que, após alguns copos de champagne num esplêndido terraço sob a Lua com vista para uma miríade de fontes iluminadas e estátuas de deuses gregos, decidiam declarar o seu amor eterno e partir em direcção ao palácio onde passariam a noite.Desta vez, porém, a fantasia ainda não tinha tido tempo de se começar a desenrolar e já Sabrosa acordava do seu semi-torpor: A belíssima Rosa de Alferes, acabada de evitar in extremis um acidente de viação de proporções talvez calamitosas, não se conteve e berrou para fora da janela uma série de impropérios que fariam corar um marujo. Ainda exaltada, reparou em Sabrosa, que a fitava, e atirou-lhe: "E tu, ó meu bardamerdas, estás a olhar para onde? Queres-me comer ou quê?", ao que ele, sem pestanejar, respondeu "Sim, quero."Rosa ficou abismada. Nunca na sua vida sofrida tinha ouvido algo dito com tanta sinceridade. Sentiu os joelhos a tremer, uma nova e estranha sensação no estômago, os olhos a lacrimejarem e um aperto na garganta enquanto tentava dizer:- E como te chamas, meu amor?

proletario disse...
Acto III
“Chama-me Romeu, o teu amo sou eu”. A frase bacoca fica a dez anos luz do que veio a seguir. A buzina não se calou durante 34 minutos e cinco centésimos. O tempo de chegar a brigada. A cassetete. A cassete do Dino Meira no rádio da bófia a contagiar os passageiros aturdidos pelo vaivém no banco da frente. O seio da Rosa no ventre do Sabrosa. Chamaram-lhe Simão. Extremo esquerdo de Cupido. Os corpos flácidos aproximam-se. O Luís fardado deixa cair o coldre . Aponta para a indefesa Cornélia, aturdida pelo passe viciado escondido no bolso que a a deixa sem argumentos perante a autoridade. Ajoelha-se. O Arnaldo, viúvo septuagenário, retira discretamente a dentadura e diz à vizinha Alcina, companheira no nojo: “É hoje”. O alcatrão vacila. As duas faixas de rodagem conquistam a terceira, ainda em construção. Um grito colectivo sublinha o clímax dos três casais. Sabrosa acorda - minutos feitos horas depois - do torpor orgiástico. Olha para o relógio. Foda-se, querem ver que não chego aos correios a tempo de receber a pensão?

Tuesday, June 14, 2005

Reabertura oficial do concurso de contos

Amigos e amigas;

Devido a uma censura extrema por parte de várias famílias, decidi prolongar durante mais 15 dias o concurso do conto erótico da pachanga. Agora vamos ver se participam... Renegarei meu prémio a bem da qualidade e promoção literárias no seio deste blog de tão fina estirpe.

Tuesday, June 07, 2005

Vencedor do grande concurso do conto erótico da pachanga

Como não houve mais concorrentes, cabe-me a mim decidir quem venceu o fantástico concurso do conto erótico da pachanga, um certame que despertou a atenção de centenas e centenas de bloggers por este mundo fora.
O sucesso deta iniciativa faz-me pensar já num próximo projecto, que anunciarei dentro em breve, meus amigos.

Assim, anuncio que o conto que ganhou uma fantástica viagem ao Monchão da Póvos de Santa Iria foi a historieta de Pacharina!. No entanto, devido à elevada qualidade do outro concorrente, Nelo Pequeno, atribuo-lhe uma meção honrosa que consiste na colecção de pires e chávenas em miniatura do 24 horas. Parabéns!!!

Correr nuas

Como sabem pachanga que é pachanga corre nua. Sim, minhas amigas, o correr nua ainda se vai transformar em desporto olímpico. De facto, como todas nós sabemos os safados e rabetas dos gregos muito gostavam de abanar suas moussakas e fetas pelas estradas esburacadas como quem vai ali até à acrópole. Porque é que esta actividade (não menos nobre que uma corrida com roupas) foi abolida nos tempos modernos???
A verdade é que esta semana que passou tive a bela oportunidade de ir à praia, para os lados da costa vicentina. E, não sei se sabem, nesta altura do ano não existem mais que duas pessoas por praia, podendo chegar a nossa contagem a 5, entre cães, moluscos e homens de tanga, que não podem ser considerados seres humanos.
Ali estava eu, com minha amiga numa praia de nudistas. Havia uma família naturista a uns metros largos de nós e um casal de homens de tanga (aí está), que passaram a primeira meia hora a esfregar-se um ao outro com óleo johnson e que depois foram dar um passeio até às dunas e não mais voltaram.
Senti o apelo, comunidade pachanga. A verdade te libertará, diz-se. E comecei a entoar cânticos de Barbara Streisand, enquanto percorri, pé ante pé, todos os comprimentos e larguras daquela praia, desprovida de qualquer pedaço de lycra. Aconselho vivamente a quem se quiser libertar também. Mas cerifiquem-se que não existem pescadores sexagenários nas redondezas. Nunca se sabe...