Friday, March 28, 2008

Vocês sabiam que há uma coisa chamada Fashion TV Men???

Foi com agrado que o MEO me presenteou com este canal. Não mandei vir nada, e pufff, de um dia pó outro tinha um canal cheio de jovens espadaúdos a fazer boquinhas e a desfilar plas passarelas deste mundo.

De certo sabeis que pla noite, na Fashion TV das gajas, esse canal muito apreciado pelo proprietário da tasca em frente ao meu apartement, aparecem miudas desnudas, que rebolam em praias e mostram as maminhas e a brazilian wax. Pois no F. Men (o nome do canal) acontece o mesmo a horas tardias. Jovens destapados, de biceps e triceps, quatriceps proeminentes, nalgas rijas e firmes, uma quase brazilian wax na genitália, fazem poses para a câmera, tapando os seus "john thomas" com garafas de cerveja, cordas, chapéus de estivador, tijolos, coisas másculas, enfim.

Muitas vezes, nestas produções HOT, aparecem dois ou três mocinhos juntos, bem núzinhos, dentro de um jipe militar ou num convés de uma qualquer embarcação, com sailor caps ou de leme na mão.

Depois de alguns minutos a observar atentameente e a analisar as imagens que o meu cérebro recebia, os meus sentidos gritavam: "GAY, GAY, GAY!". Aquelas carinhas perfeitas e corpos esculpidos têm uma carga tremendamente homossexual, para além de terem todos cabeças demasiado pequenas para os corpos excessivamente trabalhados. E excuse me, mas aprecio eroticamente homens que gostam de miúdas.

Fashion TV Men, sim senhor. Mas quando os rapazes têm roupinha.




http://www.ftv.com/fashion/page.php?P=896

Thursday, March 27, 2008

Afinal é um micróbio

... com um nome estranho tipo House, que o médico me repetiu 5467543 vezes e que eu esqueci. Diz que é uma espécie de conjuntivite. Graças a variadas e coloridas drogas e pingos para os olhos, já me pareço mais com um ser humano regular. Ainda não posso usar make-up e por isso continuarei em prisão domiciliária.

Tuesday, March 25, 2008

Terapia para terçolhos

Foi com prazer que recebi a boa nova. Um terçolho, a coisa mais parva que pode acontecer a uma rapariga, é, de facto, um furúnculo. O meu lado direito da face assemelha-se a uma massa disforme e à medida que vou escrevendo estas letras, a minha visão turva, devido à pomada oftalmológica com a qual besuntei o olho.

Desde criança que não tinha esta maleita. Estou de mau humor, de cara lavada, nem rímel, nem corrector de olheiras( que horror!!!!!) posso usar. Estou resignada ao meu lar, longe dos olhares indiscretos. Dei um saltinho à famácia - esses estão habituados à fricalhada.

Deprimida, restou fazer uma das poucas coisas que levanta a moral a uma miúda. A unhaca. Fui ao cabeleireiro mais perto, louca pelo cheiro a verniz, ansiosa por sentir a acetona entre meus dedos. Sinto-me melhor agora, mesmo que a minha cara pareça a do Stallone, sem a boquinha à banda, claro. Tenho unhas vermelho boémia. Isto só pode fazer bem.

Thursday, March 20, 2008

Palavras para quê...

Então cá vão as minhas 12 palavras preferidas por uma ordem completamente aleatória:

1. Biscoito - Sem qualquer explicação lógica... apenas engraçada... redonda...

2. Tovaglioli - Em italiano significa guardanapos e foi a palavra que mais gostei de aprender, pela sua utilidade e pela dificuldade em pronunciá-la.

3. Pachanga - a Classe...

4. Lombroso - Não pelo Cesar Lombroso, mas pelo meu cão que é o melhor cão do mundo (não fosse ele um peluxe e como tal, não chateia, não suja, bom ouvinte - mas pouco conversador - e é quase mais viajado que eu).

5. Joaninha - Porque será?!?!

6. Lol - O mais puro sinal de invasão da Língua Portuguesa pelas novas tecnologias... dito pelos viciados em chats e coisas semelhantes, expressa o riso ou até mesmo a gargalhada sem qualquer expressão física! É uma expressão extremamente útil quando não se sabe o que dizer! Lol

7. Boring - Só porque me apetece! Mais uma palavra que tem um som redondo.

8. ApocalISCSPiana - Um mundo numa só palavra.

9. Chocolate - Não dá vontade de comer?

10. Shalom - Uma só palavra... tantos significados

11. Pasta - A melhor refeição que se pode ter =)

12. Shot's - Pequena bebida, muito alcool, efeito rápido, ressaca terrível...

Thursday, March 06, 2008

O meu mais recente vício

... na TV.

Nota: É uma vergonha, eu sei, mas não consigo parar de ver.

Patrick


Soube há pouco que o nosso Patrick está em fase terminal de uma doença muito chata. Fica aqui o apontamento ao para sempre Johnny Castle. Coisa estranha esta. Fim de uma era, será?

Tuesday, March 04, 2008

Parole Parole

Cá vai:

1.Quite - sigo o exemplo da minha amiga Pacharina e até começo com uma inglesada. O quite tem aquele condão de transformar a mais banal das frases em algo com pedigree. Por coincidência ou não também a uso imenso na minha actividade profissional. Por exemplo, em vez de proclamar Oh (ler gajo que sabe fazer três acordes numa guitarra e que se acha o máximo porque editou um álbum e meio e vem tocar à Reboleira), you should stick up your head into your ass sai alguma coisa próxima Oh X, your head looks quite better inside your ass. E aí o meu interlocutor até podia responder em bom tom Austiano: Quite! Indeed! Right Away My Lady!!

2. Pampulha - descobri há pouco tempo que sou incapaz de passar por este largo lisboeta sem dizer pelo menos umas 3 vezes de seguida e em tom agudo e irritante: PAMPULHA! PAMPULHA! PAMPULHA! acabando com o habitual Pampulha-mos.

3. Tónica - É a minha palavra musical preferida. Não confundir com a água, da qual só tenho más recordações, sobretudo quando associada a uma bebida de teor bastante alcoólico... Ai, eu já volto...

4. Reykjavík - A fonia desta cidade é uma coisa maravilhosa. Sobretudo porque provavelmente só os islandeses a sabem dizer bem. Uma palavra que só é bem dita por 313, 376 pessoas em todo o mundo (em 2005 pelo menos) merece um lugar nesta lista.

5. A Lo Mejor - Eu sei que não é só uma palavra, mas é a melhor bengala de linguagem que pode haver. Um pouco como o quite mas sem o tom de pretensiosismo pelo meio. Em Espanha não havia frase onde não arranjasse maneira de a pôr. Os madrileños que conheci era viciados nela e eu fui na onda. Além disso, dá sempre aquela ideia que sabes falar espanhol muito melhor do que o donde hay rebajas e patatas bravas que sabes dizer.

6. Dépouillement - cá faltava o termo técnico de cinema, ainda por cima em francês. Basicamente significa esquematizar o que entra em cada plano, antes de o filmar. É um rascunho com classe.

7. Férias - uma palavra cujo significado é adorado por tudo é que é alminha também não podia ficar de fora.

8. Oito - é também o meu número favorito, porque tem dois quatros e quatro dois.

9. Pequeno/a - ultimamente anda a aumentar a minha tendência em usar o pequeno, pequena ou até pequenino para tudo o que me rodeia. Pedindo desde já desculpa a todos, não tem qualquer intenção depreciativa. Pelo contrário, só o uso para pessoas ou coisas que gosto.

10. Moça/o - um toque de linguajar algarvio usado em larga escala para denominar qualquer pessoa entre os 0 e os 30 anos, muitas das vezes acompanhada de coisas com classe como aquele/a ou o raio da ou do.

11. Classe - é das palavras com mais classe que existe

12. Aurora - porque é a hora em que durmo melhor e a tradução do título de um dos meus filmes preferidos. Não confundir com a louquinha que vivia em VRSA e que insistia em se passear pelas ruas em roupão balbuciando sons incompreensíveis.

Monday, March 03, 2008

Nadas Soltos

Hoje em conversa com um amigo revelei-lhe o meu aborrecimento por não ter ideias para escrever o que quer que fosse aqui no estabelecimento. Às tantas no pequeno rectângulo que possibilita o diálogo silencioso que tanta gente mantém diariamente como ponto de fuga ao trabalho, o meu interlocutor soltou um comentário que verbalizou aquilo que eu andava há não sei quanto tempo a tentar formular, e que se baseava na simples premissa de que é sempre bom escrever, mesmo que seja sobre nada.

NADA. Só a palavra merece hinos e urras. Quantas vezes damos por nós a sorrir sem saber bem porquê, e respondemos a quem nos apanha quase a babar de tanta felicidade anónima: por nada! E daquelas vezes que nos perguntam o que poderíamos pedir mais naquele momento e no pico da arrogância nos damos ao luxo de dizer: Nada! Ou ainda quando ouvimos uma música e a única coisa que espreita pelo meio da imobilidade de pensamento e movimento é uma vontade crescente de insultar o génio que a compôs, por ter chegado a esse fugitivo ponto do Não Mudes Mais Nada!

Quando éramos crianças o Nada não ganhava contornos de absoluto. Era mais uma daquelas palavras que soltávamos no final do almoço, uma espécie de sobremesa sem contrapartida ou responsabilização. O antónimo TUDO era-nos mais imediato. Entrava na ordem do dia a dia. Era quase um ideal de vida. Ou algo próximo a isso, de acordo com a nossa tão perfeita ingenuidade. Lembro-me bem, naquela altura eu queria tudo. E o curioso é que transportando isso para o presente a maior parte dessa vontade não mudou assim tanto. Queria, e quero, deitar-me mais tarde para poder aproveitar melhor o tempo acordada. Resmungava, e resmungo, quando tenho de deixar a diversão pelas obrigações. Não comia, e não como, o que não quero. Comia, e como, o que tem tendência a fazer-me mal. Gostava, e gosto, que as pessoas me oiçam e compreendam. Esforçava-me, e esforço-me, para que me admirem. Conseguia, e consigo, que não me levem demasiado a sério. O que aconteceu em todos estes anos é que vou aprendendo a fazer a equação entre o TUDO e o NADA. O resultado vai variando e é isso que tem piada. A mesma que tinha quando conseguíamos aqueles minutinhos a mais da série preferida porque a mãe estava ao telefone antes de irmos para a mesa ou quando a professora faltava quando já estávamos na aula.

Há quem diga, e provavelmente com razão, que para fazer há que fazê-lo à grande. Não tenho nada contra esse pensamento. Cada qual que o tenha ou não tenha. O que eu sei é que escrever é quase sempre bom. Mesmo que seja só para olear a máquina. Mesmo que seja só para encher o ego ou afastar o aborrecimento momentâneo. Até é bom para relembrar uma menina com um corte de cabelo do pior que pode haver, de bermudas (seja lá o que isso for) a tropeçar na lama do sapal ou a dar cabo de bonecas barbie. Até dá para ficar com um sorriso algo parvo nos lábios. Ainda bem que não há ninguém por aqui, se não lá teria de responder: Por Nada!

Disclaimer

O Mundo Pachanga não é, ao contrário do que muitos possam argumentar, um blog feminista.

Pertence a sete raparigas a dar os primeiros passos na vida adulta e a valer, mas não se rege por leis separatistas de quaisquer natureza.

Nem o era o ponto de partida "Sexo e a Cidade", que se há mensagem que pregava é que mulheres e homens, homens e mulheres, não podem viver um sem o outro. Ganhou alguns epítetos devido a algumas piadas sexuais, que ditas na boca de uma senhora ganham logo certos contornos de ofensa à masculinidade, mas o Sexo... é uma espécie de versão fashionable da chamada conversa de mesa entre homens. Em vez de futebol fala-se de sapatos, e em vez de sexo como nível de popularidade, fala-se de sexo com toques de romantismo, novidade e às vezes apenas pelo que ele é.

O Mundo Pachanga podia ser o receptáculo de tantas conversas interessantes sobre a vida, mas sobretudo sobre o que é ser mulher nesta vida. Não o é sempre, e com pena. Em parte devido à falta de pachorra, falta de vontade e sobretudo falta de tempo. Nenhuma de nós é particular defensora de diários ou algo do género, nem é isso que se quereria, mas com um pouco de esforço talvez pudéssemos comentar os temas que com tanta veemência falamos entre cafés e martinis.

Gostava de lançar aqui um pequeno reto para a mudança de visual que vamos ter brevemente. E desde já faço o meu mea culpa por não ser a mais faladora das contribuntes, sobretudo nos últimos tempos. Escrevamos e conquistemos esse mundo... Não aquele grande, dos seis continentes e cinco mares, esse tem muita gente que não interessa, mas o nosso. O tal... E como já chega de paternalismos passo à acção.