Coisas que não gosto nos franceses: táxis ou a falta deles
Toda a gente sabe que o número de táxis numa cidade definem o nível de civilização da mesma. Qual é a primeira coisa que vem à cabeça quando penso em táxis? Nova Iorque e os seus veículos amarelos. Quer dizer, Nova Iorque é a segunda coisa, já que a primeira é mesmo um senhor de bigode a apitar e a ouvir a Seixal FM.
Ora, em Lyon, a escassez de táxis surpreende uma rapariga habituada a apanhar este meio de transporte no centro da civilização moderna, aka Lisboa.
Os meus níveis de raiva e espuma bocal estão neste momento bem mais baixos, mas na semana passada vivi um episódio que me faz odiar ainda mais, não só os franceses, como a indústria dos carros de praça desse país ao lado da Espanha.
Adormeci, pronto, o erro foi meu. Meia desorientada, ligo para a recepção de minha hospedaria a pedir um táxi. "Os táxis não podem vir a esta rua, devido aos trabalhos na estrada, devido à Festa das Luzes (uma merda que vos explicarei mais para a frente)", disse Ivette, a puta da franco/alemã antipática que manda naquele estabelecimento. Não lhe disse o quão estúpido era isto e ao invés pensei em apanhar o maldito táxi no centro, onde há uma praça.
Chegada a este local, nem um cheirinho de táxis. Nem um aroma a gasolina, nem uma manchinha de óleo no alcatrão. Filhas da puta. Penso de mim para mim: "olha na estação de comboios há sempre bué de táxis".
Pois há. Menos naquele dia. De notar que nesta altura estava já 20 minutos atrasada. Quando vislumbrei o local onde costumam viver estas viaturas, vi uma fila de 30 pessoas. Até violei o meu código de conduta e fumei um cigarro em jejum. Gente a falar francês e tudo à minha volta. Um horror.
Eventualmente e num momento milagroso aparece um senhor taxista que grita "Ecully", portantos o local onde trabalho. Satitei e pus o dedinho no ar e disse "Moi, moi" de forma entusiasta. Outras duas pessoas fizeram o mesmo e lá fomos todos enfiados no veículo. Chegada ao destino, e depois de ter bufado 654 vezes, preparei-me para pagar a parte devida da viagem. A senhora francesa (talvez a única francesa simpática que conheci até hoje, acho que era de Paris) disse-me "deixe tar, nós pagamos, vamos pa mais longe".
Agradeci assim muito, mas mesmo muito, apesar de estar com um atraso de 40 minutos. Mas continuo a desconfiar daquela gente. Desconfio que não querem é trabalhar, os malandros.
1 Comments:
FDp´s!
beijos!
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