Friday, February 16, 2007

Depois dos carros, do gólf e das sex shops, o striptease


Mais uma voltinha, mais uma viagem no submundo do sexo. Desloquei-me ao tal restaurante de que falei no post anterior e deparei-me com uma nova realidade. Strip tease enquanto comemos a carnucha e os vegetais. Miúdas giras, de corpinhos bem-feitos e maminhas bem compradas, enroscam-se no varão e assumem personagens: a mulher-polícia, que dá pancadinhas com o seu cacetete ao geriátrico senhor que assiste ao espectáculo, a espanhola, que maneja o leque como um ninja maneja uma espada e uma freira, que esconde, por debaixo do seu hábito longo e largueirão, um portento de sensualidade e uns longos cabelos negros.
Novas experiências é o que se quer. Dei por mim a admirar as senhoras, em especial uma delas, cuja elasticidade me fez lembrar uma bubbalicious ou mesmo uma gorila de morango ácido. A mulher, para além de ter 254166 metros de pernas, colocava o seu sapato de plataforma envernizado no varão, formando um ângulo de 180 graus. Quais Comanecci, pensei eu. "Foda-se, que esta gaja devia era estar nos Jogos Olímpicos...", disse de mim para mim. É uma arte bonita. Pronto, se tirarmos o grupo de vinte homens com mais de 60 anos que lá estavam a babar, com pénis flácidos e receitas de viagra nos bolsos.
Mas a intenção é boa. E as raparigas são mesmo profissionais. Aquelas espargatas requerem horas e horas de ginásio, yoga e sexo.

Há uns tempos, uma querida amiga foi experimentar uma aula de pole dancing. Adorou. E no dia a seguir não se conseguia mexer. Acrescento ainda que esta minha amiga fez milhoni de anos de ballet. Não nego à partida uma ciência que desconheço, mas posso já dizer uma coisa. Para fazer aquilo que as senhoras fizeram naquele palco, é preciso ser muito mulher. E retirar várias costelas também ajuda.

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