Reedições e novas conclusões
"Hoje é dia da gaja. Não sei se gosto da nomenclatura. É bom ter um dia para mim, que sou gaja, mas ainda não me aconteceu nada diferente dos outros dias. Ninguém apareceu com flores. Ninguém apareceu a cantar "girl, you'll be a woman soon". Não há confettis nem serpentinas. Nem sequer estou com o período. Apenas o google pôs o simbolo feminino no site.
Isto leva-me a pensar que pachanga que é pachanga não acredita neste dia. Pachanga que é pachanga celebra a sua pachanguice todos os dias, gritando ao mundo a sua condição de mulher com classe, que come scones, ouve bonnie tyler e corre nua pelas ruas de sua cidade."
Divagação pachanga postada a 8 de Março de 2005
Vamos lá ver as diferenças:
Apesar de hoje não ter recebido flores, vivas e cançonetas bonitas, devo anunciar que me sinto muito mais gaja. Mas daquelas irritadas e chatas. Período. Dores de cabeça, a gosma que persiste nos meus pulmões já lá vão uns meses.
O google hoje cagou em nós. Umpfff.
Andam para aí umas e outras a falar no poder do feminino e a gritar coisas. Pois deixem-nas ser activistas e psicanalistas que falam de falos repressores. Eu levanto a minha caneca de chá e pisco o olho a todas as gajas. Não precisamos de estas merdas,pois não? Não precisamos de estar sempre a mostrar ao mundo o quão maravilhosas somos. Quem quiser olhar, que olhe com mais atenção. Nós não saímos daqui. A subtilez é a nossa melhor arma.
Pacharina, in "A ceptical approach to the new feminism", Editora Pachangas Desnudas, 2007
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