Tuesday, August 11, 2009

urgências vs Urgências

Ontem estive em duas urgências desta Lisboa. Não foi por nada de especial, apenas duas feridas que consegui fazer num pé e na perna do outro lado, ao cair, depois de ser atropelada por uma pedra. Tinha as pernas inchadas e tal e decidi ficar descansada por ouvir alguém dizer, o inchaço é normal por causa do trauma da pancada que te fez ir com os cornos ao chão. Bem comecei pelo Santa Maria, que fica ali a jeito perto de casa. Mal paramos o carro deu para ver que estava bem concorrido, mesmo assim la dei o nome para ir a triagem, para a qual esperei uns 20 minutos para lá estar 2. É que o que eu queria mesmo é que alguém com conhecimento de causa olhasse e até apalpasse um pouco a zona magoada para me informar se a coisa podia esperar até marcar uma consulta noutro sitio qualquer e dessa forma não ajudar a encher as urgências deste país. Pois não. O enfermeiro nem desviou os olhos do computador e lá me pôs a fita verde, que mais parece uma pulseira de entrada num festival de Verão do que o tempo que tens de estar à espera para ser atendida no maior hospital público do pais. A fita verde era de esperar, o que é que eu queria, afinal são só uns cortes, mas se eles fazem isto com toda a gente que se lembra de ir para as urgências só porque sentem que lhes vai doer a cabeça, não me admira nada que estas estejam sempre cheias de facto. Posso ser só eu que não percebo nada disto, mas se a triagem é feita por enfermeiros, pessoas que estudaram para tal, porque é que a observação inicial dos doentes to be não é mais aprofundada de modo a re-direccionar casos que não precisam de ser urgentes para fora das urgências? Tipo, marque a consulta amanhã ou depois, escusa de estar aqui a esta hora. Vá dormir

Bem dali mandam-te para um outro Gabinete, ao qual fui espreitar o ambiente. Escusado será dizer que a sala de espera estava cheia, com doentes em maca e malta que não parecia ter nada como eu, a conviver em menos de 20 metros quadrados de espaço. Fugi, naturalmente que fugi, cá para fora primeiro e depois já ia a fugir para casa, quando, por sugestão e por ver o ar ainda preocupado dos pais, fugi para as Urgências do Hospital da Cruz Vermelha. Eu não sou defensora dos hospitais privados e até acho que o argumento da qualidade no atendimento, funciona mais como prova de que o nosso sistema de saúde sucks do que como ponto a favor dos privados. De qualquer das formas pago um seguro de saúde do qual pouco usufruo há já vários anos por isso lá fui ver como é que aquilo funciona na Cruz Vermelha. A coisa é logo diferente porque através de telefone indicam-te se o especialista na área que te aflige está no hospital. Como estava, lá fui. Além de só estar uma pessoa à minha frente, ainda entrei antes dela, acabei mesmo por sair antes da senhora entrar!!!, porque só lá estive o tempo da sô dotora mal olhar para as minhas pernas, balbuciar, coisas incompreensíveis, nem me dizer se o gelo era a solução para as partes inchadas e lá pedir a enfermeira com ar de quem preferia estar no Sudoeste a estar ali, me fazer um curativo com ... betadine. Coisa que eu já tinha feito umas duas vezes. Ainda por cima o penso ficou a puxar-me a pele e tive de o tirar por causa das dores enquanto tentava dormir. Vá, teve uma boa meia hora de vida útil. E nem digo quanto é que paguei pelos quinze minutos que lá estive.

Estou com mais dores e ainda me custa mais a andar, mas penitencio-me por ter saído de casa ontem à noite. E espero sinceramente não ter nada de grave nos próximos tempos. É que nem público nem privado. Vá lá que tanto a Cruz Vermelha como o Santa Maria são bons hospitais.

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