Thursday, March 18, 2010

Se um desconhecido te oferece flores???

Hoje aconteceu-me uma coisa ao mesmo tempo assustadora e inesperada. Estava eu a chamar mentalmente nomes aos condutores do marafado autocarro 701, que me lixa a vida todos os dias com os seus horários sempre incertos. Com aquele ar triste de quem começa o dia logo à espera, quando reparo que um rapaz tinha parado o carro e se aproximara de mim com uma caixa de madeira na mão. 'É para ti' diz ele. Eu, naturalmente assustada e desconfiada, não tive outra reacção além de dizer 'Não Quero'. 'É para ti. É uma oportunidade. Passo por aqui todos os dias e vejo-te aqui sempre. Andava para fazer isto há algum tempo, hoje decidi-me'. Eu continuei sem saber o que fazer, que uma pessoa imagina logo o que poderia estar dentro da caixa: uma aranha gigante, uma jibóia, a cara da Bonnie Tyler embalsamada, sei lá.

Entretanto o autocarro apareceu no final da rua e eu com pressa, decidi aceitar. Ele fugiu e partiu no seu carro a alta velocidade, deixando-me com a caixa na mão e uma cara de parva que até foi pena não ter ficado registada. Lá abri a caixa e dei com uma flor. Uma orquídea acho. Não sou entendida. E um bilhete. Com o nr de telefone e uma declaração de «sinceras e boas intenções». Cheguei ao trabalho ainda meio em choque e contei a toda a gente. Até ao chefe que não suporto.

Já falei com o meu home também. Assegurá-lo sobretudo de que não vou fugir com o desconhecido, se bem que corajoso, condutor. Não era um herói típico de comédias românticas. Tinha até ar de jogador de futebol que não conseguiu fazer carreira e agora é DJ de casamentos ao algo assim.

Agora resta-me mandar-lhe mensagem a dizer para partir para outra na gracinha do senhor. Com paragem de autocarro ou não, mas outra.

Friday, February 12, 2010

Duas pessoas esquisitas num só vídeo

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Friday, February 05, 2010

Não é assim que se faz oh meu!

Fora as minhas reservas quanto a quem é e quem se faz de vítima em casos de falatórios e diz que disse, não deixo de ficar surpreendida com a surpresa de toda a gente pela fofoca se tornar o factor central de uma situação que envolve a alta política portuguesa. Isto porque a bisbilhotice e o mexerico são o motor que faz andar este belo país onde o sol ainda vai aparecendo para uns copos de vez em quando. Aqui mesmo, na nossa comunidade pachanga, o que seria de nós sem esses pequenos momentos de falar da vida dos outros? O que é preciso é usar o tom de voz adequado para cada situação, ver com quem é que estás a falar oh man e, quando, interpelado por mexericos sobre a sua pessoa, não se armar em menina e marcar logo uma luta na lama ou uma sessão de Wii.

O Mundo Pachanga é um blogue de gajas, e como nós gajas, temos experiência em mexericos para dar e vender, deixo aqui algumas propostas para quem estiver com apetites de manifestar as suas opiniões como se estivesse numa tasca de alcântara:

- Usar umas mamas falsas tamanho 36 copa B (se já as tiver abusar do decote). Assim como assim ninguém vai tomar atenção ao que estás a dizer.

- Pagar várias rodadas aos interlocutores. Ninguém se lembra grande coisa a partir do 15º whisky, do 20ª cocktail ou da 120ª mine

- Não usar as palavras nua, grátis, sapatos, Farmville, George Clooney, televisão, censura e Benfica

- Espalhar pelo meio do discurso expressões como 'aquele cara de uakari' quando se quer falar de 'alguém feio como a merda', ou 'ausência de percepção ocular' para dizer 'aquele tipo não percebe nada disto' ou ainda estrangeirismos como 'tenho de lhe fazer um Conan', para o caso de estar a falar de alguém que tem de ser 'despedido' ou 'dispensado'

- Se a ânsia de se expressar for insuportável precisamente no momento em que um miúdo giro ou uma gaja jêtosa se aproximam para um cumprimento de circunstância, o que naturalmente faz com que toda a gente olhe para a sua mesa, o melhor mesmo é desculpar-se para ir a casa de banho ou fumar um cigarro ou até mesmo improvisar uma dança estúpida. Deixamos até alguns exemplos:





Monday, December 28, 2009

Elas estão de volta!!!

Ainda uma pessoa não se sente refeita da edição ainda mais alargada do primeiro e já está a chegar o sigundo.

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Thursday, December 10, 2009

Breaking news com alguns dias de atraso

A Pachanguita Junior comeu sushi. E sashimi. E sopa de miso. Ou melhor, provou estas três iguarias. Eu estava lá e vi. Há fotos. Ainda não estou em mim. A mulher dos bitoques colesterosos comeu peixe crú. A mulher que nunca provou alface colocou na boca uma alga manhosa.

Já não há desculpa para não fazer jantares pachangas em restaurantes japoneses.

NOTA: tenho uma foto no meu telemóvel que comprova o feito da petiz, mas na tenho cabos e o nokia não é compatível com mac, steve jobs e finlandeses de merda, please, kiss my ass.

Monday, December 07, 2009

Toga, toga, toga. post sem uma última frase assim witty. São 5 e 24 da manhã e uma pessoa está de ressaca



Lyon tem proporcionado inúmeros momentos de fricalhice, nos últimos tempos.
Depois do episódio travesti, armei-me em penetra e fui a uma toga party de um americano que nunca tinha visto na vida.
Vamos por partes: i crashed into a party na casa deste senhor de nome Eric. Não fui só. Éramos praí uma dezena de penetras, entre os quais a nossa querida Pachanguita Junior, que deu aqui um espectacular pulito que muito me fez feliz. Nenhum de nós tinha togas. As pessoas verdadeiramente convidadas para a festa, essas sim, estavam vestidas a rigor. Algumas até tinham coroas de louros na cabeça e andavam descalças num apartamento cujo o chão deverá ter sido branco antes do início das festividades.

A festa consistia em pessoas alcoolizadas de vestes brancas e fluídas, que ouviam hip hop desconhecido para mim e que de 14 em 14 minutos, entravam em transe e gritavam "toga, toga, toga".

Perguntei ao anfitrião o que era aquilo da festa da toga e ele respondeu que era assim uma tradição anglo-saxónica, o que me fez sentir bem, porque gosto muito das pessoas que falam inglês e das suas celebrações.

A festa desenrolou-se acompanhada plo amigo tinto Bordeaux e lá para as 3 da manhã consegui chegar ao computador, com uma colega, com o intuito de meter ordem naquela merda e proporcionar momentos de bom gosto musical. Rapidamente fomos expulsas por uma senhora de toga e de olho arregalado. Buuu para a senhora da toga.

Fomos embora sem dizer adeus àquela gente e rumámos ao único sítio aberto nas redondezas. Uma discoteca africana onde se pode fumar e onde até as paredes transpiram.
Uma discoteca africana que passa, claro, música africana, mas que nos presentou com pérolas dos 50's, como "Rock around the clock" ou "johnny B.Goode", do inesquecível Chuck Berry.

A coisa depois passou para o raggae, mais ou menos na altura em que um senhor africano me puxou para bailar, envergando uma cremalheira que consistia em dois dentes apenas.

Anglosaxonicamente, disse para mim mesma "enough" e deixei aquele universo, depois de acabar uma mini que me custou 4 euros(!!).

Thursday, November 19, 2009

Procuro uma pessoa com posses para ser minha sócia em negócio de banhos turcos

Vi a luz esta semana. Não a Luz Casal, não o Estádio da Luz, não a Maria da Luz, vizinha da minha avó.
Vi a luz turca, árabe, whatever. Descobri o melhor guilty pleasure que uma rapariga pode ter: o hamman.

Para quem não sabe, um hamman é basicamente um sítio quente, uma espécie de sauna light, onde mulheres passeiam desnudas, libertando toxinas e molhando-se com águinha. Um banho turco, portantos. Este tinha alguma classe e asseio, em tempos de pânico gripal.

Depois de uma hora a levar com os vapores, somos levadas para uma salinha, onde apenas com uma luva de exfoliação e sem utilizar qualquer loção, somos esfregadas como quem tenta tirar o arroz ressequido do fundo de um tacho com água fria e detergente do minipreço.

É espantoso ver a quantidade de merda que é libertada. Pedaços de pele preta saem das costas, das pernas, do ventre. Peles mortas, que eu julgava não ter, já que tomo o banhinho diário e esfrego muito bem todas as partes de minha anatomia.

E isto tudo por pouco mais de 20 eurecos. Daqui a minha vontade de encontrar um/a partenaire para abrir em Lisboa um pedaço do céu.

Também é fixe porque dá pa ver as mamas e cus de outras gajas e assegurar que somos mais jeitosas que a maioria das bitches que lá estão. Mais um ponto positivo para o ego. No final, senti-me bem mais leve e com vontade de dormir. Ah, para além de ter expulsado toda uma série de mucosidades, gentilmente exacerbadas pla minha paixão plos cigarrinhos.