Thursday, December 15, 2005

Solidariedade Pachanga

Estamos no Natal, e sabemos que é Natal, porque em todo o lado há várias versões de uma humilde pequena que apenas pede de prenda alguém que nunca vamos saber quem é enquanto perdemos a cabeça e a paciência entre cuecas, bonecos, pijamas, livros... Estamos no Natal e sentimos que é Natal porque os nossos amigos emigrados vêm a casa e vamos esperá-los ao aeroporto e por todo o lado nos rodeiam famílias gigantes que esperam ansiosos por aquele primo que traz o último modelo da consola do Canadá ou a tia com aquele chocolate tão bom da Suiça. Estamos no Natal e o Natal é altura de nos lembrarmos das criancinhas, dos velhinhos, dos acamados, dos inválidos, enfim, de todas aquelas pessoas que pelos vistos no resto do ano vivem num planeta qualquer longe daqui.
Enfim, de volta ao que aqui me trouxe e como nós somos mulheres com classe, mulheres que almoçam e tomam chá, mulheres de espírito aberto e solidário, venho fazer um piqueno apelo.
Como devem saber o meu trabalho hoje em dia, porque daqui as uns tempos deve ser um outro bem diferente, tem que ver com uma Associação que presta apoio a pessoas necessitadas.
Todos nós temos lá para casa coisas que ou nunca usamos ou não mais vamos usar. Coisas tipo aquelas camisolas com cores chocantes e cheias de bonecagem que nem conseguimos imaginar o que nos passou pela cabeça quando as comprámos. Ou aqueles fatos de treino que usavamos nos malfadados dias da obrigatória educação física e que são para aí a coisa menos sexy do mundo, logo a seguir às camisolas de flanela aos quadrados. Insisto nos fatos de treino porque são das poucas coisas que eles aceitam nas prisões. Mas qualquer coisa serve.
Se encontrarem alguma coisa que queiram dar digam-me. Já agora a Associação chama-se O Companheiro e fica na Av. Marechal Teixeira Rebelo, perto desse hino ao desperdídio chamado Colombo.
E por aqui me fico minhas queridas e queridos.

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