O verde tropa e o novo verde pachanga
Voltei, depois de três dias em que:
- passei 4374364375 horas num avião militar (aka aeronave cujos bancos não existem, sendo substituídos por lonas suspensas por barras de metal, que tremem freneticamente e cujo barulho era capaz de matar pequenas colónias de roedores)
- dormi no pior hotel do mundo, em Pristina (lembram-se dos olhos negros, nas Caldas da rainha?) O Grand Hotel de Pristina consegue bater a classe. Apesar de ser pior, fica no Kosovo, por isso ganha pontos
- Andei de Panhard, uma espécie de Chaimite mais pequena em que vamos em pé, saídas de um pequeno buraco, quais suricatas à procura de predadores. Era ver-me, de capacete verde pachanga e óculos, envergando meu impermeável também verde, patrulhando as ruas de uma qualquer terra do Kosovo com um nome inpronunciável. Infelizmente, não há qualquer registo visual deste momento, se bem que há testemunhas oculares
- tentei contactar com a população local utilizando técnicas ancestrais como os "gestos do polegar para cima e para baixo" e sons onomatopeicos. O resultado não foi brilhante, mas aprendi a dizer obrigado. Falaminderit
- Fiz pose junto de um território minado, em Doboj, na Bósnia. A concurso para Miss Minas anti pessoais estiveram também outros membros da comunicação social, homens incluídos
-percebi que a comida das cantinas dos quartéis é quase tão má como a comida do local onde trabalho, mas quando se tem (muitaaaaaa) fome, tudo parece pato com molho de frutos do bosque
- aprendi que um lanche, em linguagem militar, tem por nome "reforço alimentar", um avião é uma aeronave
- compreendi que o micróbio bósnio é bastante mais eficaz que o português. Atchimm.
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