Friday, February 27, 2009

Na cabeça do careca, cabelo branco é saudade

Sou a feliz proprietária de uma cabeça livre de cabelos brancos. Depois de meses a vê-los crescer a um ritmo assustadoramente fértil, eis que uma l'oreal touch qualquer coisa engoliu os cabrões que me povoavam a franja. Não me vergarás, maldito envelhecimento precoce.

Perfeito.

Monday, February 23, 2009

Do que ficou de la noche


I - A Sarah-Jessica esteve lá
É verdade. Depois de várias épocas a suar as estopinhas em roupas horríveis e sapatos desconfortáveis numa tal de série passada numa pequena ilha, isto a seguir a muitos e muitos maus cabelos e outras participações em filmes cadáveres, eis que Sarah-Jessica consegue finalmente apresentar nos Óscares. E logo três prémios. E logo ao pé do homem giro chamado Daniel Craig. Falta só dizer que um dos prémios foi obviamente Melhor Guarda-Roupa, categoria onde faltou, até, a nomeação do Sexo e a Cidade diga-se.

II - Ai ai ai




Ele canta, ele dança, ele tem piada. Ai, só faltou ele tirar a camisola. Nem que fosse só por um momento.

Friday, February 20, 2009

A actividade do cadaverismo está bem e recomenda-se

Mickey Rourke lambeu (ou lembeu, como se diz na minha terra) Kim Bassinger, em 1986, no peganhento Nove Semanas e Meia. Mickey Rourke era um rapaz de trinta e poucos anos, de lábios carnudos, que povoava os sonhos eróticos de milhões de jovens que achavam que sombra azul para os olhos era uma boa ideia.

Tal como a moda dos anos 80, que inclui as renascidas leggings e a bota por fora da calça, este giraço dos eighties também voltou para mostrar que afinal, sabe fazer bem mais que lamber Kim Bassingers.

Volta feio cmó camandro, com a cara feita em merda por ter levado naquela tromba durante anos a fio, quando decidiu ser pugilista e deixar de lamber gajas em ecrãs de cinema. Já para não falar das plásticas que o senhor fez para tentar arranjar aquela fuça, que consistiam em coisas como tirar carne do orelhame para encher o lábio.

O cadaverismo é uma coisa espectacular. O The Wrestler é mêmo bom, pá. Assim mesmo fixe o filme. E o gajo, o maior.

Nota pachanga para Marisa Tomei, uma senhora de 40 e tal anos, mais enxuta que um lençol deixado ao sol durante um mês em agosto. Tá sempre nua (até porque a senhora faz de stripper e diz que as strippers e tal não andam de escafandro), e mostra um corpanzil invejável, que muito gostaria de ter quando passar, dentro em breve, a fronteira dos 30.



E como os 80 são o must da saison aqui vai um pedaço de conversa entre mickey e marisa:

Randy 'The Ram' Robinson: Goddamn they don't make em' like they used to.
Cassidy: Fuckin' 80's man, best shit ever !
Randy 'The Ram' Robinson: Bet'chr ass man, Guns N' Roses! Rules.
Cassidy: Crue!
Randy 'The Ram' Robinson: Yeah!
Cassidy: Def Lep!
Randy 'The Ram' Robinson: Then that Cobain pussy had to come around & ruin it all.
Cassidy: Like theres something wrong, why not just have a good time?
Randy 'The Ram' Robinson: I'll tell you somethin', I hate the fuckin' 90's.

Descubra as diferenças

Isto para ser estrela da pope, mainestream ou indi, parece que o que está a dar é ser loiraça e ter feições parecidas. Digam-me lá vocês se elas não parecem todas irmãs (apesar de terem nascido em três continentes diferentes):



Quem sou eu?

a) Ladyhawke
b) a gaja dos Ting Tings
c) Lady Ga Ga
d) Lykke Li

- E há uma estagiária na minha redacção que aparenta os mesmos traços físicos. Acho que depois do misterioso surto de alergias ao pobre do amendoim isto era coisa para estudar.

Thursday, February 19, 2009

Oficialmente Proprietária

Pois é... foi hoje o grande dia!

Desde as 17h30 do dia 19 de Fevereiro de 2009 que me tornei oficialmente proprietária de um bem imóvel!

Depois da espera tradicional em qualquer prestador de serviços do nosso país lá entrámos para dentro de uma sala grande e fria! Assinámos um papel e viemos embora... e já está!!!
Claro que isto não foi possível sem antes ouvir a senhora do notário debitar o que tava escrito no papel, contar que quando veio para Lisboa estudar viveu no local da minha nova propiedade, que quando casou (lá para mil nove e setenta e qualquer coisa) viveu no local onde ainda resido (com direito descrição da rua em questão e tudo) e que desde há uns anos mora para os lados da Casa do Artista! O que vale é que nenhum dos presentes lhe deu conversa e em cerca de 15 minutos estavamos despachados.

E assim foi a aventura no notário!

Sei bem que o facto de ter nascido, literalmente, com o "rabo virado para a lua" e não ter passado por tudo aquilo que a maior parte das pessoas passa até comprar uma casa, ajuda a não ter o mesmo tipo de sentimento! Mas a emoção no fim penso que é práticamente igual... afinal de contas não é todos os dias que uma Pachanga "compra" uma casa!

Quanto às festas de inauguração... estou já avisar que não são para os próximos tempos (não, não há cá festas antes das obras para partir paredes).

Wednesday, February 18, 2009

It's a man's world (até no activismo gay)

A minha vida agora é isto. Trabalhar e ver filmes nesta Sibéria polvilhada de açucar glacé e baguetes ressequidas.

Comi um esparguetezinho com molhinho de tomate e manjericão, daqueles maravilhosos que vêm em frascos e recostei-me na caminha de minha chambre para visionar mais um candidato aos óscares. Desta vez, foi "Milk", com o ex de Madonna e aquela coisa giraça chamada James Franco (coisa mais boa, mistura de James Dean e Robert Redford na fase loira e jovem, tipo no The way we were. Coisa boa. De notar que James Franco ajudou-me a ultrapassar o meu devaneio bi-curious, despoletado por Pénelope em Vicky Cristina Barcelona, fazendo-me voltar ao mundo straight).

Ora nem mais, um jovem actor, interpretando um jovem gay, fez-me ter a certeza de que aprecio, de facto, homens. Não é que não o soubesse desde tenra idade, quiçá aos 3 anos, quando a minha irmã me apanhou a brincar aos médicos com um jovem veraneante de évora, de 4 anos.

Mas passemos ao que me levou a escrever este post. Gostei bem da película, sim senhor, sou toda a favor de tudo pá, do casamento, até de adopção de crianças e animais de pequeno porte. Mas chateou-me ver que this is a man's world, mesmo no activismo gay. Cadê o mulherio? É uma história de homens, contada por homens, de direitos e vitórias conquistadas por homens, num mundo da política dominada por homens, onde a mulher de destaque é uma maluquinha católica com um mau penteado e camadas infindáveis de fond de teint. Ah, e há outra, uma personagem bem gira, que gere a campanha do Harvey e cujo cabelo faz lembrar o meu defunto Curro, um caniche anão, Deus o tenha.

No activismo gay, os homens dominam, pá. Se o sistema é masculino, dizem as gajas, o anti-sistema também o é. Engraçado. E o Sean Penn, se calhar, ainda leva o óscar do politicamente correcto Hollywood. Este ano não há pretos.



Mais uma vez, coisa mai boa este James.

Monday, February 16, 2009

Penelope 1- Scarlett 0

Tuesday, February 10, 2009

O Verdadeiro Dicionário do Trabalhador (ou aquela coisa onde sempre caberá todo o teu vernáculo contra a instuição Chefe)

Houve uns tipos, claramente dementes, que decidiram lá nos confins da humanidade que o povo tinha de ganhar a vida a encher os bolsos de meia dúzia de indivíduos viciados em massa. E se formos bem a ver, fora umas quantas quecas, uma ou outra desilusão amorosa, a escrita de um livro para uns, a plantação de uma árvore para outros, é mesmo isso no fundo que cá viemos fazer. Trabalhar e dar à luz mais seres trabalhadores.

Trabalhar não é a pior coisa do mundo. Há dores, até regulares, bem menos suportáveis do que isso. O problema é que calhou-nos a nós, por mero efeito aleatório na geografia, trabalhar aqui, em Portugal.

Vá, trabalhar é um bocado chato. Receber salários de merda como recebemos é estúpido e se formos bem a ver, uma falta de respeito aos nossos pais, que tanto gastaram para nos colocar bonitinhos naquela classe média dos jovens com aspirações. Podemos sempre justificar-nos com Isto está tudo mal, mas muitos de nós sabemos bem que jogamos mal os dados quando nos perguntaram, ainda em tenra idade, o que queríamos fazer para o resto da vida. Éramos novitos. E sinceramente a coisa parece-se até, com o perguntar a um bezerro se quer ir para o prato ou o matadouro. A resposta ideal seria algo como quero é ir estender as pernas para um paraíso tropical e não fazer nenhum. Mas nessa altura nós e os bezerros estamos cheios de sonhos de glória e somos presa fácil. Por isso isto não é uma justificação, é só uma introdução para a verdadeira questão da minha posta.

Ora nós, infelizes pessoas de bem, termos na maior parte das vezes de trabalhar sob as ordens de gente ... cóco. Aliás tenho quase a certeza que metade da população portuguesa com dois dedos de testa, mas sem ser cabeçudos, não pode nem pintado com o seu chefe. E é precisamente por esta pouca profundidade na classificação das chefias que decidi fazer aqui no Mundo Pachanga - além de um blog dedicado ao Sexo e a Cidade e à Bonnie Tyler, um blog de pessoas que sofreram ou sofrem na pele esta fatalidade do destino - o Verdadeiro Dicionário do Trabalhador, obra passível de se tornar um best seller em qualquer casa de banho de estação de serviço por todo o país, e quizá Badajoz e Ayamonte.

Isto dos dicionários tem esta coisa chata de ter de seguir a ordem alfabética. Caguemos nisso por agora. O que eu gostava que chegassem eram histórias, boas histórias, contadas com o exagero narrativo necessário em cada entrada. Dando o mote:

God Almighty - pessoa que manda em tudo e faz por estar junto de quem manda. Queres ir comer, tens de preencher um memo a explicar-lhe a razão da deslocação. Queres dar um peidinho, tens de pedir autorização. Já se for ele a querer alguma coisa, como por exemplo encontrar sobreviventes de Hiroshima em Portugal ou trevos de cinco folhas na avenida da liberdade, isso tem de ser feito na hora, senão arriscas-te a ser enxovalhado numa reunião geral, o que até é bem pior do que ser despedido e nunca mais ter de lhe ver a fronha. Esta necessidade por controlo, está justificada pela perfeita certeza de que não percebe nada do que está a fazer a maior parte do tempo.

Xoninhas - gajo ou gaja sem qualquer personalidade nem ideia própria, que atingiu um cargo de chefia precisamente por isso. É assim uma espécie de Paulo Ferreira da selecção nacional, versão trabalhadora. Nunca diz não ao chefe intermédio, sobretudo porque a ordem é sempre para transmitir a quem está abaixo dele. O que faz com um sorrisinho estúpido de celebração, antes de pegar no seu Ford Escort e ir para a sua casa nos subúrbios e fazer amor com o seu esposo/esposa sempre da mesma maneira e sem tirar as peúgas.

Sem pescoço - esta espécie de chefe está entre o god almighty e o xoninhas. Não é tão básico como o último, mas nunca na vida será o primeiro. Veste sempre fato, porque a gravata ajuda a esconder a falta de atributos físicos e o casaco tapa os vestígios de andar sempre a lamber rabos. Conduz um Audi de cilindrada baixa e por isso está sempre a falar de Audis com cilindradas altas. E de mamas grandes no caso deles. Quanto a elas, a conversa gira pelos filhos perfeitos e a entrada ou não entrada dos filhos perfeitos nos colégios perfeitos, mesmo que tenham acabado de sair da sua pacharola perfeita.

Filha da puta - este sacana é do pior que pode haver. Não olha a meios e fins para lá chegar. E quando chega continua a treinar a arte da maldade para o dia em que atingir um verdadeiro cargo de poder. Na maior parte das vezes não tem as capacidades para gerir uma equipa na área onde está, nem em nenhuma outra, mas é um mestre a usar e abusar das informações que lhe chegam, sobretudo devido às suas ligações com um partido político.

- Gostava tanto que contribuissem com verve fresquinha e cheia de raivinha. Como a minha amiga Ana:

AC/DC - traduzido à letra é síndrome antes de ser chefe/depois de ser chefe. normalmente é atribuído a pessoas que antes de chegarem a essa categoria são uma muito críticas em relação ao comando e às estratégias da empresa - vulgos revolucionários de sofá. Mas em passando para o lado de lá é vê-los subscrever e acatar tudo aquilo contra o qual se tinham insurgido na era AC.

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Wednesday, February 04, 2009

Men at work


Fujo das obras que assombram o meu prédio em Lisboa e venho encontrar obras na hospedaria aqui na France. Fujo do martelo que esmaga o tijolo na capital lusa e venho encontrar um outro martelo que esmaga tijolos na (suposta) segunda cidade deste país ao lado direito de Espanha.


A obra está no meio de nós. Palavra de trolha.


Entretanto, tentei voltar a sonhar com o Obama, mas nada. Esta noite saiu-me uma perseguição de carros com armas e drogas à mistura. É o que dá ver isto antes de dormir.

Tuesday, February 03, 2009

Parabéns a nós



Quatro aninhos. Dacapouco já f...mos.

Esta noite sonhei que estava aos beijos ao Obama (que por acaso beijava bem como tudo)

Pode-se sonhar isto?