Thursday, May 31, 2007

Personagem Austiana

http://quizfarm.com/run.php/Quiz?quiz_id=6806

Descubram que personagem são na obra desta antepassada Pachanga. Aliás a senhora que criou a Pachanguice sem o saber. Claro que ela chamaria algo como Pacha & Anga ou até citando Pachaxoila, Jocosidade & Condescendência.

Monday, May 28, 2007

Públicos

Como espectadora de concertos há já algum tempo da minha vida, não posso deixar de reparar em certos pormenores, ou mais especificamente, que existem vários tipos de público. Vejamos:

Squizo - Pessoa que se fixe em determinado local da audiência, com espaço à volta, por norma sozinho e que se movimenta de maneira estranha e sobretudo fora de ritmo. Ah e toda vestida de preto;

Conversetas - Pessoas que, qual mesa de café, passam todo o concerto a falar uma com a outra e olhando uma ou duas vezes vá para o palco. Normalmente de sexo feminino e vestidas como para uma matiné do garage, partilham a tenra idade e aparentemente a disposição para o desperdício estúpido de dinheiro e de espaço;

Borings - Casal que passa todo o concerto abraçado, com ela à frente dele, e que se movimenta sempre da mesma maneira da direita para a esquerda, seja qual for o ritmo da música. O seu momento mais animado é nas músicas mais lentas (e não por norma mais românticas, mas pronto) em que aproveitam para dar uma beijoca, logo voltando à posição inicial.

Histéricas - Conjunto de raparigas ( e não só, se o concerto for da Madonna por exemplo) que insiste em manifestar a sua adoração pelos músicos em todos os minutos em que o som baixa ou a música acaba. Também cantam as letras a plenos pulmões, geralmente desafinadas, aproveitando para lançarem o seu gritinho quando lhes falha a memória. Valha-nos o facto de ficarem roucas a meio do concerto, no que embarcam em outros gestos de devoção, bem mais silenciosos.

Claques - Grupo de rapazes que só sabe falar em formato claque de futebol. Escusado será dizer que qualquer momento de silêncio é aproveitado claro para gritar Portugal! Portugal! e até em ocasiões SLB! Glorioso SLB!

Mas que raio é que estás a fazer aqui? - Pessoa que acompanha o/a respectivo/a mas que foi porque o/a outro/a gosta da banda. Passa o concerto a olhar em volta ou a puxar o respectivo/a pelo braço, precisamente na altura em que ele/a está a curtir mais o som.

Sem personalidade - Pessoas, normalmente mulheres, que passam concerto sem saber o que fazer porque estão sozinhas (mesmo em grupo) e sempre à espera. Sozinhas enquanto esperam pelo namorado que foi ao bar, sozinhas e à espera porque o namorado foi ali falar com o amigo, à espera porque ele foi ali dar uma mijinha. E no fundo à espera que o concerto acabe. Como tal não olham uma unica vez para o palco e escusado sera dizer que enquanto estao "sozinhas" passam o tempo todo a olhar para tras.

Insatisfeitos - Aquele gajo ou gaja que só fala para insultar a banda.

Os exploradores - Aquelas pessoas que passam todo o tempo a andar de um lado para o outro. Como se procurassem o paraíso na terra dos espaços para ver música. Andam tanto que quando dão por eles o concerto acabou e lá vão eles a andar para a saída.

Os bêbados - Os óbvios frequentadores constantes do bar, que não vêem nem ouvem nada porque é claro que o bar é a coisa mais confusa do mundo. Uma litrona e um leitor de cd's fica mais em conta, mas que sei eu?

Thursday, May 24, 2007

Notícias (muito) parvas do dia

Medicamento chega a Portugal em 2008
Pílula que elimina período menstrual aprovada nos Estados Unidos

A Food and Drug Administration (FDA), entidade que regula o mercado norte-americano dos medicamentos, aprovou a primeira pílula contraceptiva que elimina, por completo, o período menstrual. A Lybrel estará à venda nos Estados Unidos a partir de Julho, mas só chega às farmácias portuguesas no próximo ano. (...)

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Lista será entregue nos próximos dias
Garcia Pereira é candidato à câmara de Lisboa

O líder do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), António Garcia Pereira, anunciou hoje que vai avançar com uma candidatura à presidência da câmara de Lisboa nas eleições intercalares de 15 de Julho.

Wednesday, May 23, 2007

A vida duma Dejay (ou com pretensões a)

Ora, por música parece tarefa fácil, quando se tem o computador cheio de música que só se ouve em ocasiões festivas. E parece ter sido para isso mesmo que os gigas e gigas de canções dos anos 80 e afim que eu tenho viriam a servir.

O evento pedia que se lesse a pista. E aqui os djays de trazer por casa tinham preparada horas e horas de set eclético para o que desse e viesse. Mas em apenas dez minutos se percebeu que teríamos de recorrer a golpes mais baixos. E assim foi, que pelo Estoril se ouviram cânticos recheados de Olivia Newton John, Weather Girls e sim, lêem bem, David Bisbal. Nem o Justin Timberlake a trazer de volta o sexy fez sucesso. E a audiência pedia mais, pedia coisas como Ivete Sangalo mas havia uma honra a manter (e a disfarçar) por isso a coisa não baixou tanto.

Isto de ser dejay não é fácil minhas amigas, mas a coisa faz-se. E para tal agradeço a festas dos anos 80 antes de casas irem para obras ou anunciados fim de semanas de gajas cujas adequadas playlists são a melhor cábula que existe. E já agora aproveito para dizer que se lá estivessem todas ( e todos) ter-se-iam divertido assim aos molhos. Mesmo aos molhos. Fica para a próxima. Porque haverá próxima...

Ser padeira

São 06h13 em Lyon e eu estou a trabalhar. Ainda me falta quase uma hora para "desapegar" do serviço. Olho para a rua e o sol já nasceu. O meu olheirame atingiu proporções gigantescas, nunca antes vistas. O meu estômago diz-me que devia ter trazido uma sanduca. E o meu cérebro não se cansa de me dizer que devia ter ido para uma outra profissão, que não fosse a de ser a padeira das notícias.

E já agora, pessoas verdes, vejam lá se postam alguma coisa. Não deixemos mundopachanga morrer!!!!

Tuesday, May 08, 2007

Sei que as pachangas não falam de política, mas...

que raio de país é este em que Salazar é votado pelo povo ignorante e Alberto João Jardim é considerado o maior, por ter ganho umas putas dumas eleições "democráticas", com quase 70% dos votos?

Porra, quem são estas pessoas? São portugueses? São portugueses que não foram à escola? São portugueses que não foram à escola e que gostam de levar na tromba? Pois, não percebo. E eu nem gosto da democracia. É sempre uma chatice para quem perde.

Os franceses são uns parvos, eu até estava a torcer pela vitória da Segolène, mas o espírito democrático ninguém lhes tira. Sabem qual foi a abstenção nas últimas eleições francesas? 14,5%. Pois.
I rest my case. E eles também calaram o Le Pen.

Monday, May 07, 2007

A pontuar como se não houvesse amanhã

Pachanga que é pachanga adora testes. Pelo menos eu adoro. Vejam lá se são umas depravadas ou umas santinhas. Ohhh, amigos, vocês também podem!

Friday, May 04, 2007

I was lost in France...

... dizia nossa guru Bonnie Tyler.
Pois, eu cantei esta música mentalmente enquanto me perdia pelas ruas de Lyon. Cantei para dentro, que eu não sou maluca de andar por aí a cantar cançonetas de Bonnie ao desbarato. As pessoas não entendem.

Lá fui eu, sozinha, abandonada para uma entrevista de emprego num local que começa por Euro e acaba em News, na França (uhhh lálá, croissant, très bien). Foi a primeira vez que viajei all by myself. Senti-me assim crescida. Profissional. Madura. E sózinha.

Chegada ao aeroporto, o meu francês enferrujado começou logo a funcionar. Descobrir qual era o autocarro que me levaria para a cidade, para depois apanhar um táxi para o hotel, que acabou por se revelar uma residência, com pequenos studios com casas de banho sem cortinas na banheira. Pela primeira vez na minha vida, tomei banho sentada, de modo a que o potente chuveiro não salpicasse todos aqueles 2 m2 de WC.

Depois de me instalar, decidi ir dar uma volta pelas redondezas e comer qualquer coisinha, que uma pachanga também tem fome. Lá fui eu, em direcção ao centro, por ruas estreitas cheias de kebabs e cafés, rumo à Place des Terreaux. Não pensem que vai sair daqui grande coisa, que encontrei o Gianechini na rua, que fui abduzida por extraterrestres vestidos de Patrick Swayze. Pois, não aconteceu nada. No excitement. Vaguear, olhar para os parvos dos franceses (ah povo chato!) e comer.

Sentei-me numa das esplanadas da dita praça, muito bonita por sinal. Pedi uma pizza (?????) e um copo de vinho tinto e tentei acalmar-me para a entrevista e os testes do dia seguinte. Aproveitar aqueles momentos de calma e solidão, desintoxicar da rotina.

Os meus planos zen sairam gorados. O copo de vinho intoxicou-me de tal forma que quando acabei o jantar, já nem sabia onde era a residência. Não sei se foi do cansaço ou da excitação, mas apanhei uma tosga com um copo de vinho, sózinha, em França. Decadente. Não aquela decadência do bordel francês e das orgias monárquicas de reis sol, que até pode ter alguma graça, mas uma decadência de uma pachanga de 26 anos que se embebeda com um mísero copo de vinho.

No dia seguinte, estava fresca que nem uma courgette. Lá fui, com alguns medos, que depressa desapareceram, quando me puseram a fazer 4935836734857 milhoni de peças sobre a Turquia e os reféns franceses no Afeganistão. Nem cigarrinhos nem nada. Trabalhar, ali, no duro. Ufff, a vida custa.

A coisa parece ter resultado. Regresso a Lyon para a semana. Mas desta vez, bebo águinha.



Place des Terreaux, Lyon