Wednesday, May 28, 2008

Correr nu na Islândia



Isto é que é levar o correr nu à ARTEEEEE. Como está calorzinho na Islândia esta gente decidiu andar a abanar as carninhas pela floresta com esta displicência.
Já estou a ver isto a passar à tardinha na MTV. Ui.

(desculpem a colidade do video, mas é o que há por agora, já que acabou de sair)

Pronto, ela vem cá


14 de Setembro, Parque da Bela Vista.

Thursday, May 15, 2008

Assim andam as modas...

Eu sei que este blog anda monotemático mas não posso deixar de destacar esta pérola do jornalismo musical recente, que é também um pouco da nossa identidade cultural. Ora hoje no site da Blitz, há uma noticia que reza assim no titulo e pos-titalo:

Marco Paulo arreda Madonna do nº 1 do top nacional

- 4Taste, Adelaide Ferreira e Ursinho Gummy protagonizam novas entradas -

E tudo ao lado desta foto:



O João Simão é que está com cara de Ursinho Gummy aqui...

Que coisa mai folêra


'Labels of Love' (Fergie)- a theeeme sooonggg

A Fergie, aquela coisa com mamas que costumava abanar o rabinho no meio dos Black Eyed Peas, foi a escolhida para fazer a theeeeme soooonggg para o filme do Sexo e a Cidade. E como era de esperar não saiu dali grande coisa. Aqui fica 'Laaabelllls of Looooveeee'. E assim a jeito de contagem decrescente para o dia 05 de Junho. Ou então para a sessão pirata... perdão, privada que daqui a pouco já se pode fazer.

Wednesday, May 14, 2008

Uma pergunta....

... COMO É QUE É POSSÍVEL QUE O FILME DO SEXO E A CIDADE NÃO TENHA AINDA DATA DE ESTREIA EM PORTUGAL????????????

ALGUÉM ME CONSEGUE EXPLICAR ISTO???? MERDA DE CINECARTAZ DO PÚBLICO...

Kylie em forma

Gosto bastante de pelo menos quatro músicas do último álbum da Kylie Minogue, o que já dá para fazer um disco mediozinho na minha opinião. Mas não é sobre a música que quero falar aqui. Ou melhor,é, mas não directamente.

Como todas sabemos a australiana enfrentou aquela doença do demo há dois anos. Lembro-me que na altura também a Sheryl Crow teve o mesmo diagnóstico, o que foi assim uma espécie de alertar geral para o cancro da mama e mais pessoalmente, uma curiosa forma de perceber que apesar de estrelas e artistas, estávamos a falar de mulheres completamente normais e reais.

Kylie enfrentou com dignidade o seu período de convalescença,tendo em conta a atenção mediática que despertou. Os paparazzis foram tão invasivos que até o Primeiro Ministro Australiano teve de fazer uma declaração pública a pedir para a privacidade da cantora ser mantida. E com isto acabei de debitar factos.

A pequena australiana lançou o ano passado mais um álbum e louca como deve ser decidiu apresentá-lo numa digressão mundial com concertos que nunca mais acabam, cada um com cerca de 30 temas e umas tantas mudanças de coreografia. Os médicos, claro, não acham muita piada. Cada espectáculo deve pressupor um esforço extremo da parte de Kylie, que foi operada e fez quimioterapia há menos de dois anos.

Eu acho isto no mínimo admirável. Eu sei que ela não quer perder o seu estatuto de showgirl e há sempre as questões financeiras, bla, bla, bla, mas se queremos falar em heróis modernos, que Kylie seja o exemplo mediático de tanto anónimo cuja vida foi de repente virada ao contrário por causa de uma merda de doença que devia estar no topo da agenda dos sacanas com poder por todo o mundo.

Já agora fica 'Wow', que é um hino ao pop, como eu gosto dele. Simples, nada pretencioso e cheio de ritmo.


'Wow' - Kylie Minogue (X, 2007)

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Tuesday, May 13, 2008

E ele estreou...

http://news.bbc.co.uk/1/hi/entertainment/7397165.stm

O "Sex and the City - The Movie" ante-estreou ontem em London. Aqui fica uma piquena entrevista com as meninas.

E o prémio para a Pessoa com a Coisa Mais Esquisita na Cabeça vai paaaaraaa...

(podiamos tirar o modelito para a fabulosa boda que se aproxima)

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Wednesday, May 07, 2008

Quiem me deria ser tan fresquia como estia sinhiora


Tenho 27 anos e todos os dias acordo com dores nas costas, nas pernas, constipações, alergias. Seria incapaz de me prostar nesta espécie de arco tipo Cirque de Soleil. Admiro esta senhora, mesmo que ela faça broches ao Timberlake e companhia. Admiro esta senhora por saber navegar ao sabor dos tempos, mesmo que eu não goste muito desse sabor.

Aqui, para ler e apreciar a loira que foi morena e depois loira putéfia e depois de cabelo curto e depois viu a luz na India e depois pariu e depois escreveu livros e depois adoptou criançinha e depois tornou-se, sem margem para dúvidas, numa hot mamma (ou como dizem os amaricanos MILF*)

*mothers i'd like to fuck, para quem não sabe

Tuesday, May 06, 2008

Madoina pouquio fresquia

Há duas coisas que quero dizer antes do testamento que preenche este post.

1ª O David Lynch não é um tipo aborrecido, o novo disco da Madonna é.

2ª Esta crítica é uma cópia na íntegra do que escrevi a trabalho para aquele outro site de que falo lá para baixo. A Madonna é pachanga, mas às vezes foge à causa. E não há cor de rosa nem chicote que a salve na gracinha.

- O novo disco de Madonna é passível de causar um certo efeito ainda antes de ser ouvido. É o décimo primeiro numa carreira que tem vindo a oferecer edições com espantosa regularidade desde 1983. Apresenta na capa a cantora ainda mais despida que na sua fase "Erotica", cheia de pinta de maestra sado-maso. É o sucessor do surpreendente e fresco "Confessions on the Dance Floor". E depois é mais um disco da artista que não só deu a volta ao pop como o tornou parte da sua própria história.

Madonna acima de tudo é uma mulher inteligente. Foi buscar os mágicos do hip-hop Timbaland e Pharrell Williams para comporem a tela e a popularidade de Justin Timberlake para colorir e deixou meio mundo curioso. Quando deu a ouvir o primeiro single '4 Minutes', foi quase como se estivesse a afirmar: «Aqui estou eu e mais uma vez já sou outra coisa qualquer». Ela sabe-o e sabemos nós. Se há algo que Madonna faz bem é reinventar-se. Geralmente os seus discos acompanham este talento para ler o ambiente geral. "Hard Candy", contudo, falha em grande parte deste propósito.

Logo à partida, 'Candy Shop' faz lembrar 50 Cent pelo título mas anda mais próximo de uma Kylie Minogue. Pharrell deu o seu toque à música mas não o suficiente para a tornar o tema ideal para abrir um disco de Madonna. Logo a seguir vem em jeito de compensação '4 Minutes', que é o single óbvio e uma das melhores do álbum. Vá, por esta altura ainda é perdoável a confusão com a Nelly Furtado de "Loose".

A diva australiana é outra vez evocada em 'Give It 2 Me' e 'She's Not Me', mas apesar de tudo ainda achamos compreensível, afinal sempre é a única princesa no reino de Madonna. A batida hip hop começa a ser recorrente por esta altura como a cantora tinha prometido, mas já estamos com aquela sensação que já ouvimos isto em algum lado. 'Heartbeat', 'Incredible' e sobretudo 'Miles Away', que faz lembrar 'What Goes Around .../...Comes Around' de Timberlake e curiosamente também de Timbaland, transformam a sensação em certeza. Com metade do álbum para trás já fica dificil sermos conquistados, mas a diva ainda tenta com a melhor sequência do disco 'Beat Goes On', 'Dance 2Night' e a aula em castelhano de 'Spanish Lesson', mais atiradas para a pistas de dança. A balada da praxe chega quase no final com 'Devil Wouldn't Recognize You' a fazer lembrar um "Bedtime Stories" com o banho do novo século. E fica dificil não terminar a fazer comparações, depois de 'Voices' fechar o álbum e trazer de novo e irremediavelmente a luso-canadiana mais conhecida do momento.

Este doce de Madonna é complicado de digerir por não trazer a frescura de muitos dos seus álbuns anteriores. Reinvenção sem risco parece ser a proposta da diva. Talvez seja apenas um fechar de ciclo. Este ano Madonna faz 50 anos e já prometeu mais dez de carreira. A ver vamos. -


In Cotonete

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Sailor, Lula e Elvis



Que fique aqui registado que não gosto nada do David Lynch. É um gajo aborrecido. No entanto criou uma pequena obra de arte, há uns aninhos. Revisto ontem e ainda fresquinho nesta memória pachanga.

Monday, May 05, 2008

Last call to hell

Passo demasiado tempo em aeroportos, estes últimos meses. Antes tinha a mania de dizer que gostava de aeroportos e tal, que era giro ver as pessoas, uma coisa love actually, com a música dos Beach Boys e tudo.

Nego. Não gosto de aeroportos. Para além de termos de chegar mil horas antes do voo, temos de ser apalpadas por senhoras de luvas de borracha (fico logo com medo que elas se decidam a fazer-me algum exame do foro ginecológico). Temos de estar em filas. Temos de por os nossos pertences em tabuleiros. Tirar o casaco, tirar os sapatos, voltar atrás e deixar as moedas que tinhamos nos bolsos, porque apitámos. Voltar a passar. Ter um senhor que mexe nas nossa mala e vasculha, entre pensos higiénicos e lenços de papel ranhosos que guardo religiosamente.

O aeroporto de Lisboa é fixe. Dá para fumar umas cigarretas na rua, não é longe da porta onde costumo embarcar. Ainda me lembro com saudade dos tempos maravilhosos e felizes que passei no Astrolábio a fumar portugueses suaves gostosos e a degustar uma bica. Tempos que lá vâo. Agora menos 99835734573857578 pessoas vão ter doenças pulmonares por não se poder fumar no aeroporto, devido à ajuizada medida europeia.

A semana passada fui parar ao aeroporto de Munique, porque não havia voo directo para esta terra do capeta. Uma coisa espectacular. Clean, zen, minimalista. Branco por todo o lado. Arejado, moderno, luminoso e outros adjectivos que tais. No terminal da Lufthansa, o café e chá são de borla, coisa de uma civilização superior. Os alemães, para além de saberem fazer salsichas e cerveja e quiçá holocaustozinhos, são uma gente gira.

Nicotina!, pedia meu corpo sensual. Fui em busca de um local para matar o vício e deparo-me com uma casinha, feita em vidro, no meio do terminal, com cerca de 5 metros quadrados, onde se apinhavam 87 pessoas, esfumaçando. A porta tem de ser fechada rapidamente, quando entramos. O fumo desaparece depressa, sugado por umas maquinetas que fazem um barulho do cacete. Mas o cheiro está lá. Uma coisa horrível, decadente. Pessoas sozinhas com o seu cigarro, fumando de enfiada um tubinho. Uma coisa terceiro mundista, pensei eu. De facto, é dictatorial até, enfiar uma imensa maioria de pessoas boas, que por acaso fumam, num cabrão de um espaço mínimo. Via-se nos olhos dos homens e mulheres que lá estavam a vergonha de estar ali. Uma coisa quase de agarrados ao cavalo, uma doença social, uma lepra dos tempos modernos. Por momentos (nanosegundos até) pensei em deixar de fumar. Depois saí e fui para o hall branco e luminoso, onde o café era de borla. O espiríto zen alemão encheu-me o espírito, pouco depois de eu ter enchido meu pulmão de nicotina. Depois escrevi uma reclamação e coloquei-a na caixinha de sugestões.
"You should have free sausages too".