Friday, July 31, 2009

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Não sei se se lembram do vídeo que eu postei aqui há uns tempos. Metia miúdas nuas a correr pelas ruas de Paris. Bem os tipos do Guitar Hero, que além de geeks devem ser todos gajos, toparam a cena e decidiram fazer uma promo ao tomo 5 da coisa inspirado pelo dito vídeo. Lá pelo meio passam alguns dos temas que vão fazer parte do track list do jogo. está definitivamente aberta a época do correr nua.

Tuesday, July 28, 2009

Que coisa bonita!!!


Vão aqui e vejam como além das vossas mães também podem ficar parecidas à Baby do Dirty Dancing (para quem tem franja convém usar uma foto onde não a tenha . Não façam como eu).





Friday, July 24, 2009

Isto sim é jocosidade e condescendência

Não resisto a postar este texto retirado do stereogum.com (site mais virado para a musica) sobre um pretenso vídeo de Gwyneth Martin Paltrow a ensinar a cozinhar. Um frango:

First off, you're going to want to start with one completely over-inflated sense of self-importance that allows for the belief that you should show people how to cook something for some reason even though you don't need to do that at all and probably shouldn't, thickly glazed with your practiced air of faux-populism as if you were not born to two famous movie actors, raised in Hollywood and private boarding schools, before yourself becoming a famous movie actress (or "actor," as you would probably say), who then married a rock star and named her first child Apple.

And one chicken.

You will also need:

1 condescending description of a roasted, rosemary chicken with fingerling potatoes and a summer salad with homemade vinaigrette as "fast food"
A reference to the University of Southern California in which you clearly drop the definite article, English Lord-style
3 medium-large references to your trip to the farmer's market
Champagne vinegar (of course) instead of poor person vinegar
1 use of the word "gorge" as an awful diminutive of "gorgeous"
10 pounds of "leg grease"

Talk a lot about how much you just like fresh, good food, as if everyone in the world wouldn't enjoy fresh, good food, especially if they had time to go to the farmer's market every morning. Put everything into a Swarovski crystal bowl, and beat it with a gold-plated human bone until it is tender and bloody and raw. Put in oven. Call your personal pilates trainer. Do six hours of pilates. Make sure the helicopter has enough fuel in it in case you need to go on a no-fat latte run. And voila!

Tuesday, July 14, 2009

Mais pedaços desta Lisboa bonita bonita

Já aqui manifestei a minha profunda incompreensão no que toca à estranha relação dos lisboetas com os contentores de lixo dos prédios, mas há uma outra lei desta cidade que ainda me perturba mais. É aquela coisa a que eles chamam hora do almoço e que dura, mediante algumas variações, entre as 11h e as 15h30. Tal significa que durante este período, em qualquer tasca espalhada pelas zonas trabalhadeiras da cidade, se quiseres assentar nem que seja uma nalga para beber um cafezinho, uma aguinha ou comer um pastelinho de bacalhau provavelmente não vais conseguir.

É que os donos dos estabelecimentos se tiverem sorte têm a sua clientela fixa e além disso gostam de ter umas mesinhas livres para manter a esperança da chegada de forasteiros. Também não interessa muito a origem do cliente, ou se vai lá todos os dias nos últimos 30 anos, que o dono do estabelecimento e empregados vão tratá-los mal de qualquer das maneiras. Ou porque não pedem o prato do dia, ou porque acabam com o prato do dia, ou porque pedem o ultimo prato da lista, ou porque nunca mais levantam o rabo da cadeira. É assim e faz parte, tal como a vistosa gordura que decora a comida.

É portanto vulgar ver papelinhos A4 pendurados nas paredes dos tascôncios, ou como por cá gostamos de chamar snack-bares, escritos à mão com frases como: 'NÃO É PREMETIDO ESTUDAR' OU 'MESAS ESCLUSIVAMENTE PARA ALMOSSOS E JANTARES'. Se quiseres por a conversa em dia sentadita a bebericar um café terás de esperar até à hora que suas excelencias definirem, ou então bebes no balcão e já vais com muita sorte, 'que eu tenho mais que fazer do que estar a servir-te cafés. Coçar os tomates e tirar a nheca da unha do dedo pequeno por exemplo'. ai o car....

Friday, July 03, 2009

Pedaços desta Lisboa que eu amo (umas vezes mais que as outras)

Eu vivo em Lisboa há 11 anos, parecerá pouco para os lisboetas de raíz, que vendo bem não são assim tantos entre as pessoas que populam este blogue, mas já representa umas quantas horas de calçada portuguesa, carris e senhores do lixo que insistem em fazer barulho a horas de descanso do bom.Nesta minha vivência de mais de uma década na capital do Portugal cabem muitas coisas boas, como a lembrança, já quase longínqua, do bairro alto até às 04h, as tardes cheias de sol no jardim do Palácio Burnay e o dia-a-dia de uma casa de loucos ao Saldanha, entre tantas outras, mas como o que é giro é escrever sobre coisas que não nos dão assim aquele prazer, gostaria de partilhar convosco algumas das conclusões que tenho tirado ao longo dos anos não apenas sobre o lisboeta mas sim essa espécie bem mais alargada chamada habitante em Lisboa. Começo pela Carris:

- Eu sou daquelas pessoas que se vou de metro para algum lado e não fico à porta (porque pronto o metro, sobretudo o lisboeta, não te deixa perto de nada que tenha subida acentuada nas proximidades), apanho um autocarro para chegar ao destino. É claro que esta tendência aumenta se o destino for no alto de uma das muitas colinas lisboetas, se houver uma descida pelo meio, sou capaz de me deixar rebolar sem pedir a ajuda dos amarelinhos. De qualquer das formas, isto tudo é para explicar que sou pessoa que anda nas carreiras da Carris de há uns 10 anos a esta parte e isso pronto, não abona em favor de ninguém, mas dá para perceber um pouco da psique da massa humana desta cidade. Como por exemplo já dá para afirmar com algum rigor científico que, como toda a gente sabe, os autocarros são dominados por velhotes, geração pela qual tenho muito respeito, mas que só atrapalham a vida de uma pessoa. E depois também são os que mais protestam como se tivessem horários que cumprir na sua ida à farmácia ou à mercearia, ou de assentar o rabo enrugado num banco de jardim. Enfim.

Outra das coisas que me faz uma certa confusão é a insistência das pessoas em sentarem-se no banco do lado de fora. Não percebo bem se elas não se querem levantar para dar a passagem, porque julgam que conseguem intimidar com o olhar quem se quer sentar, o que nunca acontece e leva pelo menos a que se levantem várias vezes ou se preferem levar com a nalga da outra pessoa no nariz repetidas vezes. Também há a possibilidade de estarem a tentar poupar no ginásio com tanto levantar e sentar, para combater a prostituta da celulite. Sim, porque pr'aí 90% das pessoas que se sentam no lado de fora nas carreiras, são mulheres.

Toda a gente tem sempre muita pressa quando quer sair do amarelinho. Não respeitam quem está prestes a conquistar o seu lugar na fila para sair. Lá tens de dar um encontrãozinho para ganhar a posição ou passar à frente de mais um velhote, que inevitavelmente vai-te empurrar até pousares o pé na calçada. Qualquer lei pacifista cai por terra nestas alturas. Tornas-te um guerreiro do mais alto gabarito do safanão nestes momentos.

Depois há os condutores da Carris, que ainda não atingiram o nível de besta absoluta dos taxistas mas andam a roçar-lhes as meias brancas dos calcanhares. Quantas vezes não páram nas paragens só porque lhes apetece e depois têm a lata de dizer 'ah, não carregou'. Lá vai a velhota a arrastar-se mais uma paragem com a hérnia a palpitar. E há também o modo como fazem as curvas quando têm o tocarro a abarrotar de malta trabalhadora e mal cheirosa. E pronto, lá vais bater em cheio no tipo com pior aspecto do joint.

Há sempre a questão dos horários e aquele lei macaca que dita sempre que se perdes o tocarro que te põe no trabalho à hora certinha a que queres chegar, estás mais vinte minutos à espera. É contra as pessoas que se recusam a dar horas à casa a Carris.