Thursday, February 21, 2008

O engate francês - post dedicado a todos os cara de osga deste mundo

A puta da lei do tabaco é que é a culpada. Tá uma pessoa a divertir-se, numa boite, ao som da bonitas melodias e tem de vestir casacos, colocar gorros, calçar luvas, ir buscar os huskies para poder ingerir a dose de nicotina necessária à sobrevivência.

Pois, lá fui eu para a rua, abandonei os meus colegas na pista de dança e aventurei-me para o piso superior da péniche (barco/bar/disconite), uma coisa parecida com uma esplanada.

Olhava o rio, melancólica, enquanto apreciava o cianeto de hidrogénio. Veio um francês bêbado ter comigo. Pediu um cigarro, actividade esta que é uma espécie de desporto nacional, apreciado por miúdos e graúdos. Dei-lhe o tubinho e o senhor começa a colocar o seu braço sobre os meus ombros. Abraça-me e balbucia (COMO EU GOSTO DESTE VERBO)qualquer coisa imperceptível, acompanhada de um forte e pujante bafo a alcool.

Eu digo a frase mágica: "Não falo francês, vai-te embora ó paneleiro!"

O sujeito aproxima perigosamente a sua cara da minha e exclama, muito lentamente: "KISS FRENCH".

"Non, merci. Desolée", disse eu.

Fica aqui apenas um dos exemplos do engate francês. Ha mais, todos com tanta classe como este.
E depois querem que eu tenha respeito por esta gente. Pfffff...

O vestido do ano ou as maminhas inexistentes de Keira Knightley

Monday, February 18, 2008

Coisas que não gosto nos franceses III- La ville des cagallons

Ontem contei 27 cócós desde que saí de minha hospedaria até chegar ao metro, na cidade de Lyon. Uma distância que é mais ou menos o mesmo que do largo Camões ao Cais do Sodré.

Deverão estar a pensar: "a rapariga não tem mais nada que fazer?". A verdade é que a minha vida social aqui roça a inexistência, o que me deixa muito tempo para coisas perfeitamente inúteis e muito pouco pachangas como esta de contar merda.

Toda a gente tem a mania que os franceses são finos. São uns burgessos. São uma gente sem maneiras. Não há pingo de cavalheirismo neste povo. Não abrem a porta às senhoras. Deitam lixo para o chão sem qualquer espécie de remorso. Não tomam muitos banhos. Vi, no fim de semana, numa discoteca, um jovem a agarrar a namorada pelo pescoço e a levantá-la no ar. A miúda chorava e pedia para ele parar. Tudo coisas que fazem crescer o meu amor por este país.

Continuando na merda, fala-se de Lisboa e dos bonitos presentes deixados pelos espécimes caninos nos passeios da capital. Eu vivo num bairro onde o CPC (cão per capita) é elevado. Senhoras idosas (quase todas viúvas) passeiam os pilotos e fofinhas de manhã à noite plas ruas de alcântara. Ha cócó por todo o lado, é um facto.

Aqui, o nível de merda é impressionante. O mais giro é reparar que os dejectos estão todos esborrachados, marcados por solas de botas e saltos agulha, arrastando-se em pequenos montes pela calçada. Eu própria já pisei um monte. Graças a Deus, era sequinho.

No entanto, o que me inquieta é o facto de não ver assim tantos cães na rua. Vê-se um ou outro, de vez em quando, quase sempre espécimes de pequeno porte, asalsichados ou acanichados. E os cagalhons que jazem no passeio sâo, por vezes, dignos de pertencer a tiranossaurus rexs ou mesmo mamutes pré-históricos.

Dou comigo a elaborar teorias:

- os cães franceses cagam mais que os cães portugueses??
- os dejectos dos cães franceses têm proporções exageradas, quando comparados com as matérias fecais dos caninos tugas?
- os donos levam os cães à rua, a horas em que os cidadâos se encontram em seus lares, na paz do senhor??
- haverão hordas (eu sei que é matilhas que se diz) de cães selvagens urbanos, que a altas horas da noite, percorrem os passeios, com o objectivo de os conspurcar?

NOTA: Para que fique registado, eu que sou uma dog person, não gosto dos cães franceses.

Doze macacas

Ha gente que gosta dessas coisas das correntes. Faz lembrar aqueles mails do demónio, que temos de enviar para o mesmo número de pessoas que vivem na Cidade do México, sob pena de nos caírem os seios e de nos tornarmos instantaneamente num saco de batatas.

Eu não gosto de correntes. ça m'enérve, como diz uma maluca francesa que costuma frequentar bares de má fama do bairro vietnamita de Lyon. Vá, mas o que vem daqui, tem desculpa.

Doze palavras que mais gosto (sem qualquer ordem de preferência)

1. Umweltverschmutzung - palavra que mais parece um amontoado de letras quando o nosso rabo se senta em cima de um teclado, mas que quer dizer poluição em alemão. Não é que eu goste de poluição, mas é a única palavrinha que o meu cérebro reteve dessa língua e que reflecte o quão aquela gente é complicadinha, c'o a breca.

2. Indeed - palavra do léxico Jane Austeniano, que me transporta até ao tempo em que os homens ficavam sexys de ceroulas brancas.

3. Feldspato - normalmente vem acompanhado da mica e do quartzo. tem a palavra pato (carne com a qual ando obcecada) e tem quatro consoantes quatro juntinhas, coisa rara no idioma português

4. Língua - gosto e gosto

5. Camarada - palavra injustamente ligada ao partido daquele gajo de Pirescoxe, e que significa tudo isto:

s. m.,
companheiro de quarto;
pessoa com quem outra convive;

condiscípulo;
colega;
cada um dos indivíduos que exercem a mesma profissão;
militar que está impedido do serviço de um oficial;

Brasil,
arreeiro;
jornaleiro;
trabalhador;

s. f.,
concubina.

6. Artista - palavra que pode ser aplicada a toda a populaçâo mundial. Ex: aquele gajo é um artista com as miúdas. Aquela miúda é uma artista a dançar. Aquela senhora sudanesa é uma artista a manejar o pilão para desfazer os cereais. And soione, and soione.

7. Sucesso - palavra utilizada em excesso pelas pachangas

8. Pachanga - Sem necessidade de explicação

9. Trapel - palavra utilizada para descrever algo chunga e/ou confuso. Expressão local apenas utilizada no enclave Alenquer-Nagorno Karabakh

10. Gajo/Gaja - digo-o 847355747 vezes por dia. Tou a ver se deixo.

11. Mocidade - como eram bons aqueles tempos em que o António Calvario ainda parecia um ser humano

12. Fenoque - Obrigado, Rute por nos teres ensinado esta palavra da bíblia pachanga. Significa pipi, pachachinha ou pardaloca.

Finda esta lista, quero ver esses dedinhos a teclar, meninas da casa, Margot, Beardone e a um certo emigrante nos states

Friday, February 15, 2008

Dia dos namorados é quando uma pachanga quiser

Monday, February 11, 2008

Post dois em um - a inglesa bêbeda e drogada é a maior e Amy e Barbara são a única e mesma pessoa




Saturday, February 02, 2008

Não há-de o mulherio plebeu andar a sonhar com Princípes e Presidentes...- Um post fraquinho, sem fotos e com raciocínios incoerentes

A culpa é das histórias infantis, das fábulas, dos cabrões dos irmãos Grimm, do La Fontaine e mais uns quantos.

A rapariga do povo é salva pelo rico e charmoso principe, rei, cavaleiro, cheio de boas intenções, que corre mundos e fundos para resgatar a donzela das garras de uma quelquer verruguenta bruxa/dragão/tirano/autarca corrupto/presidente de clube de futebol.

O contrário simplesmente não existe. Ou está-se a ver uma Hillary Clinton, recentemente divorciada, amantizar-se com um qualquer plebeu do Dakota do Sul? Ou uma Angela Merkel unir-se romanticamente com um fabricante de salsichas bávaro?

Há no entanto, uma excepção: Stephanie do Mónaco, a quem muito apraz artistas de circo e guarda costas, mas isso é devido à breve carreira musical que teve nos anos 80. Carreiras musicais nos anos 80 são prejudiciais à saúde, deveria vir escrito nos maços de tabaco.

É graças às Carlas Brunas, as Letizias Ortizes deste mundo que a população feminina continua a acreditar em contos de fadas. Ou são os contos de fadas que levam as Letizias e as Carlas a "casar bem"?