Monday, June 23, 2008

Ser padeira faz emagrecer

Trabalhar à noite, qual puta, faz bem. Antes de vir para esta terra do demónio, a semana passada, a minha balança marcava mais dois quilos que o normal, ganhos devido à minha alarvice popular de sardinhas, febras, xóriços e afins.
Ontem pesei-me numa farácia francesa (uhhghh) e mesmo vestida e de sapatolas, tinha perdido milagrosamente o peso excedentário.

Ora bem, uma pessoa se trabalha de noite, dorme de dia: se uma pessoa dormir ata às 6 da tarde (coisa que fiz hoje), só toma o pequeno almoço/almoço/lanche lá para as 6.30 ou 7 da tarde. São três refeições concentradas numa. Como uma pessoa tem de trabalhar às 10 da noite, janta prai às 8.30, mas como ainda não tem muita fome, come pouco. O pior é durante a noite, às 3 da manhâ, que dá a resminga da bifana. Um alimento dificil de consumir no meu local de trabalho. Assim, para combater o desejo de bácoro envolto em molhenga gordurosa, fuma-se um cigarrinho e bebe-se agua, que ajuda a passar o tempo.

Trabalhar de noite também ajuda a prevenir as doenças de pele. O lado negativo é que continuo branca como um lençol lavado com Blanka OxiAction.

Outra coisa positiva de laborar com a lua é que posso ver a repetição da Praça da Alegria, na RTP Internacional, actividade esta que alegra qualquer noite.

Wednesday, June 18, 2008

O mundo real segundo alguns

Esta senhora chama-se Florinda e trabalha na rádio onde eu passo a maior parte do meu dia. É das pessoas mais faladoras que conheço, disparando aproximadamente um milhão e duas das suas teorias por minuto para quem quiser ouvir (ou não tiver os auscultadores porque é impossível escapar-lhe). Tem uma visão fundamentada do mundo, da qual se consegue perceber que acha que está tudo muito mal, mas o que interessa é estar vivo. De verdade de La Palise em verdade de paredes de casa de banho, já viveu com certeza mais vidas do que nós todas juntas ao quadrado, o que lhe dá um certo estatuto. O Nilton descobriu-a, provavelmente com a ajuda de uma ex colega do eter comercial agora entregue a produções mais fictícias e este foi o resultado. À sua muito peculiar maneira, não sei porquê mas algo me ressaltou como pachanga no meio disto tudo. Às tantas até foi aquela parte em que ela diz que não sabe quantos anos tem, que é uma coisa que dará um certo jeito daqui a umas temporadas...

Monday, June 16, 2008

O primeiro casamento Pachanga

A nossa amiga Pachakitty casou-se o outro dia e ainda não fizemos uma única referência neste pasquim cibernético a esse feliz acontecimento. Curioso é também, que eu estivesse há pouco a pensar em arranjar um tema para escrever e nem me lembrar do casamento da nossa amiga Pachakitty, Ana para os amigos.

O blog Pachanga é receptáculo de tanta coisa que interessa à jovem mulher moderna, e sete delas aleatoriamente escolhidas, mas com uma certa tendência para andar a pregar (a fazer, a gritar, a saltar) as coisas mais parvas do mundo (e já há 3 anos de blog e 4 de pachanguismo!!!), que até soa deslocado o casamento da nossa amiga Pachakitty, Ana para os amigos, mulher de Nelson, para os habitantes de Sacavém, não ter saltado logo para o template mal arrumámos os (malfadados) sapatos de tacão alto.

Bem, foi uma coisa linda como já se estava à espera. Comeu-se e bebeu-se à casamento. As bolhas nos pés ainda não definharam, mas suportam-se sempre bem. Enfim, do melhor. Agora os noivos andam a abanar as carninhas lá para a Tailândia e nós ficámos cá com a história para contar. De que fomos os últimos a sair, como sempre, de quem estava mais com os copos, de quem caiu na pista de dança, de quem apanhou o bouquet..., essas heranças normais das bodas.

Este foi o primeiro casamento dentro do seio pachanga, o que trouxe a questão bem para dentro do nosso mundinho. Já o filme do "Sexo e a Cidade", curiosamente se dedica em grande parte a essa questão. Na história, a cerimónia ganha importância à união em si, o que leva a que não corra assim tão bem (só no meio, que depois acaba tudo contente!!!). Achei engraçado que algo que foi constantemente alvo de piadas e chavões durante os nove anos de série de repente se torne a pedra base do argumento do filme. Se olharmos para trás na vida daquelas 4 personagens, o casamento era algo que causava repugnância à Samantha e à Carrie, era uma ameaça de perda de independência para a Miranda (eventualmente a criança mudou-lhe a perspectiva) e era alvo de variadas frustrações para Charlotte, a única que claramente o queria. No filme, e devo dizer que fora todos os floreados daquelas 4 vidas impossíveis, há todo um sentido realista que lhe é circular e que tem que ver com o facto de ninguém querer ficar sozinho. E não falo apenas romanticamente.

Não vou aqui expor a minha opinião sobre o casamento. Posso dizer que os casamentos agradam-me. Sobretudo se são de duas pessoas que eu gosto. No final, e lá no meio daquela panafernália de branco, flores e tule, é disso que se trata. Estão os dois a dizer ao resto do mundo que querem tratar um do outro. Um beijinho para ti amiga Pachakitty, Ana para os amigos, mulher de Nelson para os sacavenenses e a nossa Raimunda de sempre. E um abracinho para ti Nelson, marido de Ana para os bobadelenses e o nosso Amelinha de sempre.

Monday, June 09, 2008

Ieu jia bi

Thursday, June 05, 2008

Pegando no que a mnhámiga Rita escreveu...

é tempo de fazer pequeno flashback das piores indumentárias de Carrie.
Não consegui encontrar aquela mini-saia verde totalmente ridícula com os folhinhos e o rabinho, (remember Madrid?), mas aqui vai uma súmula, acompanhada dos devidos comentários e legendas.


"Olá, o meu nome é Sara Jéssica da Silva e o meu sonho é trabalhar no Coiote Bar, em Arcozelo."


"Cuecas com brilhantes são o último grito em Vilnius", avança o diário lituano Krskoskoje.


"Devia ter dado ouvidos à Rita e não vir assim vestida prós lados do Conde Redondo... Ahh, sera que Pachanxoila está em casa? Ela deve ter um pijama amarelo que me possa emprestar."


"Ontem à noite estava a ver a TV shop e não é que aparece o Chuck Norris, a anunciar um cinto que faz emagrecer... Tinha bebido demasiados Cosmopolitans e olhem o que me aconteceu..."


Esta não e a Britney Spears??????????

Wednesday, June 04, 2008

Em que cidade?!!...só se for na Rebordosa!



Há posters bons e há posters maus.
Este será um poster não tão bom!
É a modesta opinião de quem um dia pensa em ousadamente pendurar um poster do dirty dancing nas paredes de sua casa (aquelas onde não se pode roçar, tocar, ou sequer pensar em passar lá algum tempo nos preliminares!)
É como quando não se está nem aí para um filme só por causa da tradução do título.
Ora o mesmo acontece com os posters dos filmes sem tirar nem por!
Tanto tempo à espera da fita para depois descer uma das ruas do conde de redondo e deparar-me com...com...isto! Ele há travestis naquela zona com mais estilo do que isto!
Ele é a Sara Jessica que parece uma aprendiz de feiticeira na saga do Harry Potter; ele é a pequena Charlotte que parece uma 'bimbo' saída de um qualquer casamento; e a Samantha que só me faz lembrar os modelitos que vimos na nossa incursão por terras do demóino onde se conjugam mini-saias azuis com tops vermelhos com 15º negativos;
Ele é a Miranda... bom, a Miranda é a que me parece menos mal...
É o que dá virar lésbica! Olha, ouvi dezer...e se vem na revista é porque é verdade!

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Tuesday, June 03, 2008

Breaking news

Ai éve a tickéte tu si Madona laive ine Lisbóne.

Rock In Cromolândia

Eu não queria chamar ao evento onde estive enfiada o passado fim de semana uma coisa assustadora, mas não consigo encontrar palavra melhor depois de tudo o que passou pelos meus olhos e ouvidos nesses dois dias do demo.

O Rock In Rio foi uma ideia de génio de um senhor que parece uma versão mais straight (e daí!!!) do Karl Lagerfeld, e que consistiu basicamente em transformar um festival como os outros, perdão, pior que os outros, num acontecimento à escala global. Bem, global, global não será, vista a pouca importância que a imprensa da especialidade no estrangeiro deu à coisa, com a excepção óbvia do fraco regresso aos palcos da bêbada a rebentar de talento mais conhecida do momento. No meio disto tudo, o sósia foleiro do Lagerfeld descobriu um belo filão de fazer massaroca. E isso até nem nos chateava muito, que há gente no mundo a fazer dinheiro com coisas bem piores. O problema é que aquela coisa tinha que nos vir cair no colo. Nem sei porque me espanto, tal é a nossa tendência para bater palmas a tudo o que tenha o condão de juntar a cromice à megalomania.

Enfim, agora temos de levar com a coisa de dois em dois anos. Ele é as suas causas 'sociais', começando pelos bilhetes àquele preço no meio de um bairro social, ele é a sua área VIP, um pavilhão gigantesco a meio do recinto onde gente que ninguém conhece de lado nenhum passa o dia a beber cocktails servidos por pequenas anoas mamalhudas e a ver os concertos de binóculos, enquanto falam das suas (muito) interessantes vidas, ele é os espaços dedicados aos patrocinadores serem maiores que uma coisa básica como a sala de imprensa, onde centenas de repórters e fotógrafos se aglomeram como podem e esperam pelos restos da zona VIP, para poderem jantar... Ele é o que se poderia chamar de... deixa ver... uhm... hipocrisia será?

Mas o melhor disto tudo é quem lá vai parar. Quem pagou os 53 euros ou ganhou o bilhete no banco, no stand de automóveis, a mandar sms até lhe cairem os dedos, a fazer um number 2 brilhante na sua casa de banho... seja como for, é incrivel ver como é que se pode juntar tanta foleirice num só sitio. A sério, eu já tinha ouvido que era possível, mas testemunhar é muito melhor.

No Rock In Rio há pessoas várias horas numa fila para apanhar um cadeirão insuflável que vão ter que carregar durante todo o tempo que por lá passearem, podem ver-se homens feitos ou mulheres que ultrapassam a centena de quilos com bóias em forma de patinho à cintura, o que dá uma jeitassa em sítios apertados, têm-se desagradáveis encontros imediatos com pais que ainda conseguem ser mais mal educados que as criancinhas, há miúdos de 14 anos a comerem-se durante todos os 'Jardins Proibidos' do Paulo Gonzo, mulheres histéricas que não sabem beber cerveja, não têm frio e que gritam EMMY em vez de AMY, durante vezes sem conta ao teu ouvido, bem, e a lista podia continuar, se eu estivesse mais inspirada, ou se não tivesse fugido de concertos vindos directamente da cromolândia, como o de Lenny Kravitz e Rod Stewart.

Chamem-me uma pequena elitista, não há problema nenhum, porque é isso mesmo que sou. Pela Bela Vista tem passado o país que temos sido. Nem mais nem menos. E eu nem sei bem o que pensar sobre isso... É caso para dizer Por Um Mundo Melhor o orgão sexual masculino!!!

Hairstyling in France

Em tempos, numa das séries do Sexo e a Cidade, quando a Carrie andava com o Berger ( aquele que acaba com ela por post-it, lembram-se???), o casal teve uma discussão na qual a palavra scrunchie tinha um papel importantíssimo. Scrunchie é um daqueles elásticos se cabelo, cobertos de pano, muito em voga nos 80's e 90's, usados para unir a cabeleira num jorro de pêlo, que saía de forma duvidosa da nuca de miúdas por todo o mundo.

Berger utilizou esta nomenclatura no seu livro e Carrie, em jeito de brincadeira mas que deu merda, disse ao escritor barbudo que já NINGUÉEEEEEEEM usava o tal do scrunchie. Eu própria concordei silenciosamente com Sarah Jessica na altura, mas as minhas recorrentes viagens a este país, leia-se a France, fizeram-me mudar de ideias.

Ainda me lembro quando as cabeleireiras de bairro portuguesas tinham revistas vindas de Paris de France, com a vanguarda da coiffure, os penteados mais ousados, as tendências mais modernas. Coisa que só existe mesmo nas revistas, porque o hairstyling pedonal (as cabeleiras das putas das francesas que andam nas ruas desta cidade) são uma coisa, no mínimo, assustadora.

Numa simples viagem de metro, não há jovem ou velha que não tenha uma mola de plástico na cabeça, daquelas dos coiffures, normalmente de tons berrantes e pouco amigos do ambiente. O scrunchie, esse, não pode faltar e as francesas usam e abusam deste datado elástico.
Quando não têm nenhum destes acessórios, prendem a melena com um rabo de cavalo, deixando na parte superior da cabeça uma espécie de alto caculo, uma coisa que se assemelha a um hamster morto num acidente numa tomada eléctrica, mas longe do já famoso guaxinim de Amy Winehouse.
Pior, no outro dia vi uma jovem, vestida assim à moda, envergar uma daquelas bandoletes grossas que usamos em tempos, forradas de tecido às flores ou riscas, cuja extinção foi anunciada há pouco mais de 10 anos, pela UNESCO.

Glamure e mai na sei quê



Morreu o senhor Yves Saint Laurent. Um artista, minhas amigas. Vi este vestido, em tempos, num museu londrino, ao lado das mini saias da Mary Quant. Fiquei impressionada, ao ver as obras de arte do senhor. Uma pachanguice pegada. Fica a homenagem ao costureiro e amigo chegado da Catherine, pá , a Deneuve, essa senhora que transpira classe por todos os folículos.