Tuesday, September 30, 2008

Quem és tu Sarah?


É dificil num blogue de gajas não fazer um comentário à mulher que tem estado na mira de toda a comunicação social, a candidata republicana à Casa Branca, Sarah Palin.

Esta senhora nasceu há 44 anos no Idaho (?) e embarcou muito novinha para o Alasca, de onde nunca mais saiu até ser chamada por McCain para ser o seu número 2. Só há pouco tempo é que pediu o passaporte!!! Boas indicações para a vice do mais influente país do mundo...

Na verdade Palin representa a faixa (grande) de norte-americanos que os outros, aqueles com cabeça, gostam de caricaturar no cinema e na televisão. Gente com grandes relvados à frente da mansão no subúrbio, que não consegue indicar a França no mapa e come KFC umas quatro vezes por semana. Inofensivo até agora, lá isso sim.

Como boa habitante do Alasca, Palin tem também uma predilecção pela caça e provavelmente pelo não fazer nenhum, não morasse ela num sítio onde a coisa mais excitante que pode acontecer é não nevar. A foto que lá está em cima é só um dos atentados ao bom gosto com a sua assinatura. A poderosa mulher a dominar a natureza. Pois... E já agora, Portugal fica no hemisfério norte ou sul? Ainda hoje cometeu mais uma gaffe sobre o Paquistão e ouvi-la falar sobre a Rússia bate qualquer hora de Gato Fedorento.

Como é possível que alguém tão burro esteja na corrida à Presidência???? Isto já parece uma sequela de um filme conhecido: Once there was Bush, the W, now there's Sarah, the Palin. There can be only one, but can they make even one?

Deixando-me de paninhos quentes, na minha sincera opinião são este tipo de mulheres que dão mau nome às mulheres. É mais ou menos como aquela aventesma ao volante que fez com que a partir daí todas as mulheres fossem vistas como má condutoras. Só olhar para ela mete pena e dá arrepios. Aquele cabelo apanhado sempre da mesma maneira numa banana de onde não sai uma mecha, o estilo up tight mas saloio, o fato fechado e sempre igual, o sorriso chapa 4 em todas as fotografias, a dentadura impecável e muito branca, a mãozinha sempre a mexer quando fala...

Não vou tomar aqui aquela posição das mulheres como salvadoras do mundo, aliás quanto a isso, cito uma frase genial da Susan Sarandon (essa sim uma Senhora), sobre não ter apoiado a Hillary Clinton. «Não acredito que a resposta seja qualquer vagina, tem que ser a certa». E agora vamos tentar não fazer associações com a Mrs Palin... Yec...

Thursday, September 25, 2008

A sequela, pois claro



No outro dia ouvi a senhora Miranda, Cynthia Nixon de seu nome, comentar que pode haver a possibilidade de uma sequela para o filme. Qual será a história, Carrie grávida?

Dacapouco transformam isto no Rambo ou no Academia de Polícias, mas até lá a malta agradece mais aventuras das nossas quatro piquenas favoritas. Mas mais curtas por favor, porque citando Pachanxoila, houveram alturas em que já me doía a nalga.

Monday, September 22, 2008

Gár-bá-geaux


No meio de tantas coisas que podiam correr menos bem numa casa nova, com obras, mudança e vizinhos chatos à mistura, tenho que confessar que o meu maior problema é ... o lixo.

É pouco glamoroso, eu sei, falar de lixo no Pachanga Place só que é algo que me anda a irritar tanto que achei por bem partilhar.

Os lisboetas, com todas as boas coisas que possam ter, não conheço assim tantos por isso não formo opinião, são apesar de tudo uma espécie estranha. Têm fascínios com coisas como as horas de almoço nos cafés e tascas, onde a partir das 11h30 da manhã já te olham com ar assustador se pedes apenas um café, um vício mórbido em regar as plantas nas varandas à hora de maior movimento na rua e uma predilecção por garagens, passadeiras e sinais a dizer "Descarga de material" ou o meu o preferido "Descarga de passageiros", mas a mais absurda das suas obsessões são os caixotes de lixo de prédio, ou seja, aqueles compridos, verdes e mal cheirosos.

É curioso que uma população que se preocupa tanto com as horas a que pôr o contentor no raio da rua, atirar para dentro o raio do saco e tirar o raio do contentor da rua, seja também a mesma que não se digna a apanhar os desperdícios dos seus cãozinhos na rua e que transformam qualquer passeio numa gincana de merda. Há uma certa falta de coerência aqui que dava para encher várias lixeiras de parvoíce.

Quem tem horários fora dos normais, como eu às vezes, acaba por ficar com a treta do saco mal cheiroso a conspurcar a cozinha, linda e vermelha, porque não conseguiu cumprir o apertado intervalo lixo-free. É que mesmo que pronto, queiras deitar no lixo comum, isso simplesmente não existe. É um atentado às autoridades da merda doméstica. Tens que andar imenso até encontrares um contentor só e abandonado, provavelmente por um prédio que se revoltou contra a ordem imposta.

Isto é, sim, uma ganda falta de respeito às pessoas esquecidas e com calendários fora dos horários dos telejornais.

PELA LIBERDADE DE PODER DEITAR FORA O LIXO À HORA QUE BEM ME APETECER!!!!

Friday, September 19, 2008

Filmes maus...

A propósito do teu comentário my dear, deixo aqui o meu pequeno pensamento da noite de ontem pós-'Antes que o Diabo Saiba que Morreste'...

A qualidade de um filme é proporcional às dores que sentes no rabo quando este acaba.

E ontem doía-me a nalga! Oh, se doía!

Wednesday, September 17, 2008


Que este miúdo dá uns ares de um amigo nosso, lá isso dá...
E que há quem diga que é por causa dos olhos, também há...
(já volto a esta ideia...)


N'O Ar que respiramos ele é o par romântico da ex-Buffy que caçava vampiros no milheiral ou lá perto. E sente-se que anda ali qualquer coisa no ar...almas arrepiadas ou água benta talvez! porque química entre os dois não é certamente.
Voltem Keanu Reeves/Sandra Bullock!
Voltem mesmo Patrick Swayze/Jennifer Grey!
Ou talvez seja eu que desconfie sempre de pares românticos em que o homem tem o dobro do tamanho da mulher. Faz-me confusão quando elas cofiam as caras dos seus apaixonados e se tem a perspectiva da pequeníssima mão da actriz em relação à descomunal cara do actor. Talvez também seja eu que dê demasiada importância às mãos... mas o contrário também me faz espécie...porque depois parece que basta uma carícia do protagonista masculino para a cara da actriz desaparecer do plano!
Continuo a achar que deveria haver duplos para estas coisas!...ou que simplesmente se filmasse de outro ângulo! Ou apenas que as pessoas que tratam dos castings tivessem salários mais altos e um bom subsídio de alimentação para trabalharem motivadas e não fazerem merda!
(talvez volte a esta ideia um outro dia)
Como eu dizia lá em cima, este Brendan Fraser faz lembrar um amigo nosso. E?
E desde que me lembro que o vejo a arrebentar com múmias ou a correr ao lado de cavalos em tronco nú ou a embater em árvores também de tronco nú. E desde que me lembro que nunca tinha visto uma 'cena mais de cama' com o moço...

E pareceu-me que estava a ver o nosso amigo a fazer amor...
Não vão ver o filme... a sério...há coisas que não devem ser imaginadas...
(a esta ideia nunca mais volto)

Blindness

13 de Novembro

Monday, September 15, 2008

Madonna, la bitch

Fui uma das 75 mil alminhas que rumaram ao Parque da Bela Vista, que até ontem à noite só me tinha dado más memórias, para ver a Artista a trabalhar e a verdade é que fazendo as contas à distância a que vimos o concerto, a hora de fila no metro para voltar e toda a confusão associada a qualquer coisa feita naquele parque do demo em Chelas, valeu a pena. Como tive de associar ideias para mostrar a quem lá não esteve o que Madonna faz os outros gastar num concerto aqui, prefiro agrupar o que me foi passando pela cabeça nos vários momentos da coisa, neste nosso pachanga joint.

Tal como o concerto, o nosso final de tarde/noite teve 4 actos.

I - Chegar lá

É normal nos dias em que tenho de trabalhar aos Domingos ter várias paragens de cerebro, é aliás normal com qualquer coisa que aconteça aos Domingos sem ser estar de perna estendida a ver filmes maus, mas neste início da romaria Madonna, a coisa poderia ter corrido mesmo mal porque não fui a mais esperta das criaturas a tentar chegar ao local. Depois de um telefonema em pânico de um amigo meu que já estava nas proximidades da Bela Vista em relação ao tamanho da fila, confesso que houve momentos em que pensei que era bem possível falhar os primeiros momentos do concerto. Conseguimos com algum improviso pelo meio, depois de ter sido agarrada duas vezes por um policial, musculado mas com cara de poucos amigos, entrar na Bela Vista, a uma respeitável hora e meia antes da hora marcada. A jola da praxe não faltou, mas só uma por causa das idas ao WC. Por esta altura ainda ninguem tinha fome e mesmo que tivesse não convinha pensar nisso que as bichas para as barraquinhas eram assustadoras.
As primeiras filas eram reservadas para os fãs dos fãs, o que me ajuda a justificar em parte a fraca percentagem queer que me passou pelos olhos, com grande pena minha. Ficámos cá bem longe, ao lado de gente beta, careta e velha, mas viamos o palco todo e a loira sueca que lá estava a cantar, isto pelo meio, das centenas de pessoas que achavam que a melhor maneira de passar era precisamente pelo sítio onde estávamos.

II - A coisa começa

Perto de atingir os picos do aborrecimento e um pouco atrasada, lá se começam a ouvir os efeitos sonoros a la video game que dão início à coisa. Madonna surge sentada num trono, claro, mas rapidamente salta para o meio da maralha e faz-te passar à frente sem piedade todos os chocolates, as gomas, as pipas, o álcool, o fumo, as longas noites, aquela sensação de que vais morrer depois de correr cinco minutos, enfim, todas aquelas coisas que te vão impedir de ser agora o que ela é desde que nasceu em 1760. Recomposta da frustração, e no meio de dois cabeçudos que claro estavam à minha frente, lá me entreti com toda a luz e as gentes frenéticas que pululavam naquele gigantesco palco. A Britney também fez uma visita, mas por essa altura estava tudo em pulgas com o Roollleess Rooycee gigante que apareceu do nada em palco, com a bitch em cima dele, claro.
O que também se percebeu por esta altura é que se há coisa que a senhora não sabe fazer é cantar. Ou isso, ou estávamos em presença do pior playback de todo o sempre. As fugas ao tom estragaram grande parte do Vogue, que é das minhas musicas preferidas. Não sabia bem se a podia perdoar por essa falha, mas a esquizofrenia de milhares de euros que se passava à nossa frente era tão viciante que rapidamente me desliguei.
O espectáculo é bonito, embora eu prefira o que vi no DVD do Confessions. A bitch continua a dançar bem como tudo e a fazer aquelas coisas fixes com os braços. Já não se roça tanto nos homens que a acompanham, contudo, e não há nem lantejoulas nem plumas, o que confesso me deixou um pouco desiludida.
Isto foi o que eu conseguia descortinar lá bem ao fundo onde estava. A cabeleira loira da senhora também ajuda a descobri-la e eu ainda gostava de saber como é que ela conseguiu fazer aquela franja com que aparece a meio, quando esteve no máximo 2 minutos fora de palco.
Depois de nos chamar modafuckas uma data de vezes, e quando já começavam a fartar as músicas novas e as guitarradas, eis que chegam a 'La Isla Bonita' versão lelo e o 'Like a Prayer', que pos as 70 mil alminhas, finalmente a dançar. Essa parte foi boa. E continuou bonzinho até ao final, quando me apeteceu perguntar as duas anãs que estavam ao meu lado, e que passaram todo o concerto entre falar uma com a outra e mandar mensagens para o país dos anões, se ouvir o CD na sua casa de anoas não era mais barato, mas pronto, cada uma com a sua.
À saída encontrei não uma mas duas pessoas da Vila, uma delas até me chamou a minha Rita, o que trouxe um toque de individualismo no meio do maralhal que fez boas coceguinhas no meu ego.

III - A volta

Começava o pior da noite, ou seja, voltar ao recato do lar, vá talvez só atrás da música da Evita que a bitch cantou. A bicha para o metro avançava de meia em meia hora e nos conseguimos safar-nos no terceiro avanço, o que vai-se a ver até nem foi mau. E até há que agradecer o facto dos fãs da Madonna ser tudo gente lavadinha, já que encontros imediatos com sovacos são bem comuns nestas coisas. Tinha sido pior se a banda em causa fossem os Metallica, por exemplo... Ou a Bonnie Tyler, sobretudo devido à cota de coletes de pele, sem nada por baixo... Pelo meio, uma tia foi pedir justificações aos agentes da polícia que lá estavam. Nem sei bem do quê, mas não deixou de ter a sua piada, o gigante de tez negra a falar de mansinho com a piquena tia. A Madonna, essa, saiu de la directamente para uma limusine e um cocktail.

IV - A escrita

Demorei 4 horas entre sair da Bela Vista e ir-me deitar. Estava cansada e pouco inspirada. Dois inimigos fieis da escrita. Não foi brilhante a apreciação à coisa, até porque só me apetecia escrever coisas como "Ainda não foi desta que descobrimos se a gaja estava rapadinha". A bitch passou por cá, cantou e dançou um cadito. Já eu fiquei com uma insónia gigante. Brigada oh material girl...

Monday, September 08, 2008

As danças mais parvas da música moderna IV


'Around The World' - Daft Punk

Outro clássico.

Thursday, September 04, 2008

A Suiça, os chocolates, vacas, relógios e outras merdas




Fui a Genebra no domingo passado. São uma gente chata os suiços. A cidade é um bocado feia. Há bancos por todo o lado. Há francos, que é uma merda inconcebível. Pode pagar-se em euros e eles dão o troco em francos. E depois a conversão e essas contas todas. Resultado: não sei quanto gastei.

Nâo gastei muito porque estava tudo fechado. Gente que não tem olho pó negócio. Nem uma loja de souvenirs, nem um milka, nem uma reprodução em tamanho real dos guardas do Vaticano, nem um rolex, nem nada. Triste. Fiquei durante alguns segundos especada em frente da PRADA, onde vi uma mala com a qual poderia ter um tórrido romance amoroso.

Há um lago no entanto. Não é mau, até é bonito. Tem patos e cisnes e outros animais que não consegui identificar.No lago não há vacas. Uma falta grave. A poça gigante tem relva à volta e assim uns paredões, onde me deitei e adormeci durante uma hora. Para verem como a metrópole financeira da Europa é interessante. Vi, no entanto, um dos homens mais bonitos que habitam este planeta. Nao era suiço, de certeza.

Fui com dois amigos espanhóis e uma amiga espanhola. Alugamos um carro. Acho que são bonitas as paisagens, os alpes e tal, dizem. Não sei porque adormeci na viagem para lá.

Depois de um dia estafante a ver uma cidade feia, a tirar fotos a um jorro de água gigantesco no meio do lago, a tentar perceber os cabrões dos francos e a tentar captar a neutralidade deste pedaço de terra, voluntariei-me para levar o carro de volta para Lyon.

Um erro, digo já. Era noite e a meio de uma auto-estrada que atravessa os alpes ou umas montanhas quaisquer, começa a cair o dilúvio, o apocalipse, o juízo final. Água por tudo o que era sítio. E eu, com um ar divertido, a fingir que não estava acagaçada e que era a maior ao volante. De facto, sou a maior ao volante, especialmente a estacionar, mas a verdade é que pensei várias vezes em atirar-me do carro em movimento e deixar os espanhóis à sua sorte.

Adenda: dois dos espanhóis estavam bêbados e religião da jovem espanhola não a permite andar a mais que 30.

Wednesday, September 03, 2008

Só pra dizer...

... que gosto muito de vocês, minhas amigas Pachangas com letra grande. A vida às vezes faz-nos pensar no que é realmente importante. As pessoas. Os momentos que passamos com elas. Os sorrisos que guardamos para sempre. Aquele espaço que existe entre nós e que se preenche de risos, lágrimas, conselhos, piadas, champanhe e margaritas frágolas. Que possamos bebê-las juntas o máximo de tempo possível.

Ergamos nossos copos de martini. Boa viagem.