Saturday, December 31, 2005

Para acabar (ou começar) bem o ano

Pachanga que é pachanga, gosta de testes. Depois do famigerado teste "Serei uma pachanga", ou mesmo o revelador quiz "que personagem sou eu no Sexo e a Cidade?", ei-lo. Aplausos amigas e amigos.

Madonna rules

Nota: devo dizer que o meu resultado foi MUSIC... Preferia que fosse um dos mais badalhocos...

Tuesday, December 27, 2005

Dicionário Universal Pachanga (primeira versão)

A

B

Bonnie- Primeiro nome da Santa Padroeira, Bonnie Tyler, conhecida em doses proporcionais pela rouquidão da voz e pelas injecções de botox

Brunch- Refeição que pode ser tomada no período entre as 11 e as 16 horas

C

Cadaverismo- Culto de celebridades em decadência; também usado para o acto de dar qualidades pos mortem a pessoas que apesar de não o parecerem ainda estão vivas

Carrie- Primeiro nome da personagem principal da série Sex and the City, com tanto gosto para sapatos como pouco para conjugar peças de roupa

Chapéus- Um dos acessórios por excelência das Pachangas, apesar de raramente alguma delas ser vista a usá-lo

Charlotte- A mais nova das quatro meninas de Sex and the City, famosa pela preferência por homens com números no nome e pelas bandoletes

Classe- Indispensável para qualquer aspirante a Pachanga, logo a seguir a um jeito peculiar para colocar as mãos com os indicadores espetados em cima do lóbulo frontal, saltar de um pé para o outro e ainda achar tudo isto muito divertido

Cynthia Nixon- Actriz norte-americana que desempenha o papel de Miranda Hobbes naquela série que já não vale a pena dizer qual é

D

Dirty Dancing- O filme inspirador do movimento. Foi de uma das suas memoráveis cenas que saiu a denominação

E


F


G


H


I


J

Je Tourne Around- O Hino

Jenniffer Grey- A Baby de Dirty Dancing. Puro exemplo de uma actriz que já era cadáver aos 20 anos

K

Kim Cattral- Actriz Inglesa que faz de Samantha Jones onde todas nós sabemos

Kirstin Davis- A mais famosa pessoa nascida em Boulder, Colorado, também a Charlotte daquele tal seriado

L

Linha- Tipo de dança que consiste em várias pessoas lado a lado a fazerem passos estúpidos ao som da pior música alguma vez inventada, o country

Lombroso- Cão de peluche viajante; também o apelido do sociólogo do séc. XIX, impulsionador da Antropologia Criminal e major star da bela disciplina de ICS

Lucero- Rua de Madrid onde tudo começou

M

Madonna- A guru Pachanga, porque o é de tudo o que é e aspira a ser mulherio

Madrid- Cidade de origem do movimento

Malas- O ACESSÓRIO

Miranda- A mais céptica do quarteto, acaba por ser a única que é mãe na série

Martini- A bebida

Mundo Pachanga- O blog e a voz dessa atitude de vida

N

Nuas- Ritual de correr com a parte de cima do tronco a descoberto, fazendo sons parecidos com gritos selváticos sem objectivo aparente

O

Olly-olly- Tapa típica de Madrid que consiste em batatas fritas e molho feito de maionese, alho e ervas


P

Pachanga- Dança latina que deriva da Xaranga; nome escolhido para o movimento porque o nome é suficientemente estúpido mas reconhecível para conhecedoras (ou conhecedores)

Patrick Swayze- O actor por excelência, sobretudo devido à sua interpretação inesquecível como Johnnie em Dirty Dancing. Actualmente está entregue ao cadaverismo

Peido- Elemento catártico de pachangas em fim de viagem. Ou enquanto opção maioritariamente escolhida, sem necessidade a 2ª volta, em deterimento de uma ganza e de um orgasmo = momento de insanidade temporária e colectiva


Q


R

Rosa- Uma das cores pachanga, apesar do assunto não ser pacífico

S

Samantha- A personagem preferida das Pachanga deste e de outro mundo. Por causa dela a série quase se poderia chamar Sex with the City

Sapatos- Muitos e variados, para umas de tacão para outras o mais prático, mas sempre com classe

Sarah Jessica Parker- A neurótica Carrie Bradshaw da nossa série preferida e a responsável por sabermos que existe um sítio chamado Nelsonville nos Estados Unidos

Sex and the City- (…)

Scones- Pequenos bolos de origem inglesa que normalmente se comem barrados com manteiga ou compota; também podem ser usados como armas de arremesso conforme o jeito da cozinheira

T

Turim- Terceira cidade a ser colonizada pela influência Pachanga, que marca também a entrada no país dos acessórios e dos melhores gelados do mundo

U


V

Verde- Cor oficial, embora haja empate técnico com o cor de rosa


W

Watermelons- As melancias mais famosas do mundo da celulóide numa das mais inspiradas frases de Dirty Dancing; também a única palavra com W que nos conseguimos lembrar


X


Y


Z




(é a acrescentar minhas queridas, é a acrescentar)

Friday, December 23, 2005

Reflexoes sobre o Natal- parte II

Renas?
Alguém alguma vez viu uma rena em Portugal? Narizes vermelhos só mesmo nas tascas de nossas terras, acompanhados com uma bela sande de torresmo.
Pais Natal? Pais de quem? Pais do Natal? Então o Natal não é o nascimento de Jesus? Será um senhor de barbas gordo e vestido de vermelho o mentor de um nascimento, ocorrido há mais de dois mil anos, lá em Belém, de uma criança filha de uma virgem e de um carpinteiro, rodeado da mais fina estirpe animal peluda? Não me parece. Andou o Darwin a estudar o evolucionismo para isto...

E porquê, pergunto eu, porquê pendurar bonecos vazios e espalmados, de pequenos pais natais, potenciais larápios, que escalam as varandas dos prédios, espalhados como carraças em canis municipais, no nosso país?
E o mais parvo é que as pessoas acham que aquilo realmente tem piada e comentam, quando se cruzam na rua: - olha, que esta tem graça!
-Irra, qu’apanhei um susto, parecia mesmo alguém a subir para a sua varanda!
Como se os ladrões fossem envergar roupa vermelha para levar a cabo um assalto a uma residência.
Para este fenómeno, creio ter uma teoria. Os chineses. São eles que detêm o monopólio dos enfeites ridículos e incrivelmente parvos de Natal. São eles que, secretamente, pé ante pé, em grupos organizados espalham, pla calada da noite, os cabrões dos pais natais pendurados.
No dia a seguir, o vizinho acha graça e como para o português, a galinha da vizinha é melhor que a minha, lá vão eles com uns euricos no bolso até ao chinês mais próximo, comprar, comprar, comprar.

Nada me irrita mais que a correria de Natal. AHHHH, vão levar o último DVD do Titanic Edição Especial com cenas de sexo entre o Di Caprio e o comandante do chaço, AHHHHH queroooo!!!! E é assim que algumas pessoas acabam com costelas partidas, tornozelos torcidos, olhos negros e ovários desfeitos, no frenesim fnacniano. E para quê?
- ah, obrigado, o DVD do Titanic. Gosto muito. (Levantar e correr rapidamente para casa de banho mais próxima, regurgitando o bolo rei e o bacalhau ingerido na consoada).

Outra coisa. Os filmes de Natal. Ontem cheguei a casa e liguei a TV, enquanto vestia o meu baby doll sexy e transparente. Olhei e vi renas voadoras que falavam. Olhei outra vez. As renas continuavam a voar e a falar. E uma delas tinha um dom. Qual, não percebi. Mas tinha a ver com patinagem, crianças, ser feliz e nunca deixar de acreditar. A combinação perfeita de filme série Z de Natal.

Assim, chego ao ponto final de mais uma reflexão sobre o Natal. E como tem de ser, desejo que cada uma de nós tenha uma quadra natalícia calma, sem correrias, com paz e amor e muitos DVD’s do Sexo e a Cidade. Que o poder da Pachanga esteja connosco naqueles momentos em que não podemos fugir, para bebericar um martini e fumar centenas de cigarros.

Thursday, December 22, 2005

Reflexão sobre... o fogão!

- "Este é bonito!" exclamou ela, enquanto os seus olhos brilhavam na porta espelhada de um fogão "inoxidado" ofuscando por completo todo o sol que se fazia sentir naquela manhã de Sábado pré-natalícia.
Como bonito!? Bonito, como?! Como?!? É um fogão!!! UM FOGÃO!
Funcional, talvez... ou moderno... ou bem apetrechado... ou simples... de placa eléctrica... com mais ou menos bicos... Agora, bonito... como pode um fogão ser ou deixar de ser bonito?! Um fogão é um fogão (ponto.)
Ao acrescentar o naperon de renda e por cima o bibelot de louça da senhora com a galinha ao colo e um cesto d'ovos (há quem adiante um pinguim, variante mais moderna do referido bibelot; para os mais conservadores, o tradicional galo de barcelos; para outros o suporte dos fósforos usados)... reconheço que, aí sim, poder-se-à tornar algo bonito! Uma obra-de-arte, até!!
Mas um fogão, por si só, nunca deixará de ser um fogão... nunca poderá ser algo...err..arrf... bonito...

É verdade que venho lançada da tese... com a descoberta de que talvez haja em mim um embrião de uma piquena feminista que (à semelhança de uma amiga minha) quase me fazia ir sem cuecas para a defesa da tese para assim subverter todos os valores e a ordem da academia... Optei por deixar a subversão a germinar para um (im)provável Mestrado (até porque estava naqueles dias do mês em que não convém mesmo nada andar sem cuecas! Mas, isso daria o mote para outras reflexões...)
Assim, sem aviso, descobri às 9 da manhã, em pleno melting pot lisboeta (vulgo, Loja do Cidadão... tb podia ter sido no Minipreço, mas não foi o caso...) que a instalação do gás pode ser a solução para o derrube de estereótipos associados à imagem das mulheres por esse mundo fora...
Eu explico: independentemente do género, aquando do pedido de instalação do gás, homens e mulheres são confrontados com a mesma pergunta: "-Tem todo o material, certo... esquentador e fogão?"
Primeiro foi o choque, a indignação: Porque raios haveria de ter um fogão?!? Só porque sou gaja?!? Mas eu nem gosto de cozinhar!! E os meus scones posso bem fazê-los no forninho eléctrico que irá desaparecer misteriosamente da casa dos meus pais quando eu me mudar...(à semelhança do serviço de Limoges e do faqueiro Cutipol!) Não quero ter um fogão, não quero!!!!
Depois, a tomada de consciência e a certeza de que essa pergunta não perpetua o estereótipo da mulher dona-de-casa... pelo contrário, talvez coloque homens e mulheres em pé de igualdade no que respeita a questões relacionadas com o espaço doméstico. Arriscaria mesmo que são os homens quem mais trata da instalação do gás em casa e, se assim for, serão eles os mais confrontados com esta pergunta. O fogão revelou-se, tornou-se a meus olhos o objecto mais igualitário em questões de género existente ao cimo da terra. Anos e anos de lutas feministas, roupa-interior queimada, cristininhas camionistas... e a resposta aqui tão perto...
Desculpem a divagação...
Mas também, ou era isto... ou estaria a escrever sobre o porquê de assitirmos feitas parvas a uma série cuja protagonista se chama Sara Jessica(??)



Thursday, December 15, 2005

Solidariedade Pachanga

Estamos no Natal, e sabemos que é Natal, porque em todo o lado há várias versões de uma humilde pequena que apenas pede de prenda alguém que nunca vamos saber quem é enquanto perdemos a cabeça e a paciência entre cuecas, bonecos, pijamas, livros... Estamos no Natal e sentimos que é Natal porque os nossos amigos emigrados vêm a casa e vamos esperá-los ao aeroporto e por todo o lado nos rodeiam famílias gigantes que esperam ansiosos por aquele primo que traz o último modelo da consola do Canadá ou a tia com aquele chocolate tão bom da Suiça. Estamos no Natal e o Natal é altura de nos lembrarmos das criancinhas, dos velhinhos, dos acamados, dos inválidos, enfim, de todas aquelas pessoas que pelos vistos no resto do ano vivem num planeta qualquer longe daqui.
Enfim, de volta ao que aqui me trouxe e como nós somos mulheres com classe, mulheres que almoçam e tomam chá, mulheres de espírito aberto e solidário, venho fazer um piqueno apelo.
Como devem saber o meu trabalho hoje em dia, porque daqui as uns tempos deve ser um outro bem diferente, tem que ver com uma Associação que presta apoio a pessoas necessitadas.
Todos nós temos lá para casa coisas que ou nunca usamos ou não mais vamos usar. Coisas tipo aquelas camisolas com cores chocantes e cheias de bonecagem que nem conseguimos imaginar o que nos passou pela cabeça quando as comprámos. Ou aqueles fatos de treino que usavamos nos malfadados dias da obrigatória educação física e que são para aí a coisa menos sexy do mundo, logo a seguir às camisolas de flanela aos quadrados. Insisto nos fatos de treino porque são das poucas coisas que eles aceitam nas prisões. Mas qualquer coisa serve.
Se encontrarem alguma coisa que queiram dar digam-me. Já agora a Associação chama-se O Companheiro e fica na Av. Marechal Teixeira Rebelo, perto desse hino ao desperdídio chamado Colombo.
E por aqui me fico minhas queridas e queridos.

Wednesday, December 14, 2005

Reflexões sobre o Natal - parte I

O Natal. Jesus. Maria. José. O burro. Os reis magos, a estrela, a virgem.
O Natal. O Colombo. O Vasco da Gama. A baixa. As filas para embrulhar presentes. As fitas farfalhudas douradas dos chineses e as árvores de Natal requíticas e amachucadas.

Ah, o Natal. O Santa Claus. O bacalhau. O perú. As couves. O egg nog. As maratonas televisivas em hospitais com o Goucha e a acompanhante loira.

O Natal, a única altura do ano em que Portugal se transforma numa colónia de formiguinhas atarefadas, que se encafuam umas em cima das outras, sempre mal dispostas, a buzinar nas intermináveis filas de estacionamentos subterrâneos, mas com embrulhos sorridentes com pais natais e renas rudolfas com narizes vermelhos de álcool fora de prazo.

Ah, os jantares de Natal, em que é peremptório levar uma prenda que custe menos de 2,5 euros, mas que toda a gente acaba por gastar sempre mais, fingindo que comprou aquela prenda num qualquer chinês dos cento e setenta.

Ai o Natal, o Natal...
(continua)

Tuesday, December 13, 2005

Chapéus para todas para a cerimónia que se aproxima

Parece que estamos lá, amigas. Naquela fase em que toda a gente, de repente, sem mais nem menos, começa a casar e a procriar e a convidar pobres raparigas para casórios, longe da base de operações pachanga, que fica em Lisboa.
Desta forma, como já tínhamos comentado, entre um cosmopolitan e um martini, pachanga que é pachanga, desloca-se aos matrimónios em grande estilo. assim, tomei a liberdade de ver uns acessórios que creio, serem indicados para tal situação.

Pacharita (o ar moderno, mas romântico)
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Pacharute (de branco, afinal não será ela a próxima noiva???)
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Pachana (cor de rosa, claaaro)
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Pachanxoila (chapéu horrível verde)
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Pachanês (vermelho, como ela)
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Pachanguita Junior (a fazer pendant com Pachanês)
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Pacharina (animal morto)
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Wednesday, December 07, 2005

Bad Hair Days

A celebridade e a fama têm destas coisas.
Sarah Jessica Parker, perturbada pelo gigantesco sucesso da sua personagem na série Sex and the City decidiu disfarçar-se de Beduíno.
Segundo uma fonte próxima da actriz, o disfarce não resultou porque Sarah Jessica não se conseguiu adaptar aos métodos de acasalamento dos primatas.
"Ou urro ou bato com as mãos no peito. Não consigo fazer as duas coisas ao mesmo tempo", terá dito a actriz.
Quem teve pena foi Peter Jackson que estava de olho nela para fazer de mãe do seu macaco gigante mas sensível no prestes a estrear King Kong.

Instantâneos Pachanga

Só para recordar esse momento bastante pachanga do clássico West Side Story.

Tuesday, December 06, 2005

Quem te viu, quem te vê






Reparai na Sarah Jessica. Quem diria que esta espécie de Marisol se havia de tornar o símbolo do sexo em Nova Iorque?

Karma

Hoje apanhei dois veículos daqueles pequeninos dos velhos, um Datsun Bluebird de 81, também conduzido por um idoso zeloso, uma bicicleta numa rua estreita, e um veículo, propriedade da Câmara municipal de Alenquer, que eu nem consigo descrever, visto andar tão devagar que consegui ouvir todas as 69 lovesongs dos Magnetic Fields. Ainda de acrescentar que a maquineta indiscritível era também conduzida por um cidadão sénior.

As estradas de Portugal estão nas mãos deles. Medo, muito medo.

Monday, December 05, 2005

As italianas e o Patrick Swayze

Pois é parece que as italianas também tem dentro de si um pouco de pachangas!

Neste fim-de-semana (3 e 4 de Dezembro) o Canale 5 da cadeia televisiva Mediaset, pertencente ao tao amado Presidente italiano o Exmo. Sr. Berlusconi, passou dois programas dedicados ao Patrick Swayze, um na noite de sabado e outro na tarde de domingo!

Nao tive oportunidade de os ver por completo, mas no de sabado so vi 3 mulheres a beijarem loucamente uma imagem em cartao do Patrick! No fim uma delas teve a oportunidade de dançar com ele uma das musicas do Dirty Dancing... e nao contente com a dança ainda lhe pregou um beijo no final! Foi o delirio!!! O resto das italianas no publico, histéricas, nao descansaram enquanto nao viram o Patrick Swayze a dançar um slow com a apresentadora, que diga-se de passagem, adorou!

O programa de domingo era completamente dedicado a ele, que se apresentou com a sua esposa e uma tradutora (a ele as italianas até perdoam o facto de nao saber falar italiano!). Nao vi muito, mas foi o suficiente para ver dois homens, vestidos a rigor, a imitar a dança final do Johnny com a Baby! Foi um sucesso!

Vou continuar a assistir à TV italiana que cada vez se revela melhor... ou nao!

Como os filmes são a nossa vida, ou como no meu caso, a vida tem sido o trabalho e os filmes, decidi fazer uma apreciação retrospectiva das minhas idas cinéfilas. E como fazê-lo melhor do que usando a linguagem universal do nosso clássico Pachanga, Dirty Dancing? Tentarei então que o meu ponto de vista seja entendido (pela maioria pelo menos).

Alice- Chuvoso e choroso, como o momento em que o Johnny se vai embora da estância deixando Baby sozinha. Triste, triste, triste!

Elizabethtown- Final da primeira dança do Johnny e da Baby. Sem força para o salto e pobremente improvisado.

Last Days- Elenco. Morto ou quase morto.

D. Quixote de Orson Welles- Como a cara de agora da Jenniffer Grey. Tão destruído, que nem com bisturi.

Proof- Da mesma pobreza épica que frases como I Brought the Watermelows. Sem ponta por onde se lhe pegue. Até as duas melancias que aparecem no filme têm mais talento que a loira e desengonçada protagonista.

Ferro 3- Os abdominais do Patrick Swayze da altura. Vai-se descobrindo, gosta-se e não precisa de grandes falas.

O Fiel Jardineiro- Como o momento em que a dança de Baby e Johnny é bruscamente interrompida por um gajo qualquer que diz frases como This year let’s dance the Pachanga. Um verdadeiro coitus interruptus. E daqueles que dá pena porque prometia.

Flightplan- Comparavél ao esforço de Johnny para ensinar Baby a dançar. No final percebe-se que apenas um deles sabe o que está a fazer. Um solo de uma actriz competente.

Bonecas Russas- Para sorrisos fáceis e entretenimento rápido. Mais ou menos como a cena de dança do fim. Um coro de histerismo e redenções que combinam perfeitamente com o genérico final.

Saturday, December 03, 2005

Pachakitty


O veículo de uma amiga Pachanga.

*aos cabrões que inventaram esta boneca, mil anos no fogo do inferno é um castigo pouco penoso para o mal que têm vindo a espalhar pelo mundo e pelas cabeças das crianças e pessoas adultas com uma grave dependência de cor de rosa.

Vicissitudes da vida no campo


Para quem vive nas grandes cidades e encara todos os dias grandes filas de trânsito, o tráfego automóvel torna-se enervante. Para uma pacata cidadã da província, que usa o seu veículo, pelas estradas mais refundidas e desertas do concelho, o trânsito pode ser ainda mais enervante. Passo a explicar: cinco letras. AIXAM.
À primeira vista pode não querer dizer nada, mas quando encontramos um (ou mesmo vários) pelo caminho, começamos a pensar que, das duas uma: ou são uma praga em crescimento exponencial ou passamos a acreditar em deus( mesmo que sejamos ateus), e que este nos apresenta uma dura prova aos nossos nervos.

Não há coisa mais irritante que esses carrinhos pequenos, que povoam a minha zona. Normalmente, os condutores são pessoas que não possuem carta de carro(este veículo tem um grande sucesso por causa disso), têm mais de 70 anos, usam boina e têm bigode, usando a parte de trás do veículo para transportar víveres vegetais e muitas vezes, para espanto de todos, alguns animais.

Sei que de minha parte não é bonito soltar assim o meu fel para com os mais velhos, mas eles próprios soltam seu fel quando são ultrapassados por uma jovem, ao irem a 20 km por hora, numa recta sem trânsito.

"Passa por cima", gritou um hoje de manhã. Ah, e se eu tive vontade! Depois de vários largos e dolorosos minutos atrás de um destes senhores do mal, a uma velocidade que facilmente seria ultrapassada por chiuáuas anões, finalmente vislumbrei a recta que me daria a felicidade (e também a rapidez para chegar ao meu local de trabalho). E ultrapassei. Fiz pisca, tudo aquilo que manda o código da estrada. E o senhor, acompanhado de sua esposa, ferido em seu orgulho másculo por uma jovem fémea ter ousado ultrapassar seu potente veículo, jorra um vernáculo que nem eu própria ousarei repetir.
Assim vão os pensionistas deste país. Voltem, Avô Cantigas e Vasco Granja.