Tuesday, February 28, 2006

Ainda sobre o Jantar Pachanga & Friends...

Pachangas e Pachanga's Friends,
Para não dizerem que agora só falo do Alan Rickman e que já começo a ficar insuportável (a propósito, espero que consigam saborear o prato musical do dia! mas não abusem, ok?), partilho convosco aquilo que me consigo lembrar do jantar mais concorrido de Lisboa e arredores. Talvez através dos nossos relatos consigamos algo que se assemelhe à realidade dessa noite... e, uma vez mais, "ou não".
-Por ocasião dos beberetes iniciais tive oportunidade de verificar que os convidados se tinham esmerado na cor das suas vestes (facultativa, mas sinónimo de classe e entrada garantida): o "Verde Pachanga"! Alguns deles acertaram em cheio no tom, outros ficaram-se pelo "Verde Varejeira" outros ainda pelo "Verde Fiat 127"... valeu o esforço!!
Depois, foi ver o cinto verde pachanga de uns a fazer pendant com as pulseiras de outras; as pochettes de algumas a fazer pendant com os boxers de uns quantos; as echarpes de muitas com os casacos de outros tantos...
-Aquando da primeira ronda do mingle foram-me apresentados alguns dos amigos do MundoPachanga: pessoas com dois nomes próprios (de cujos feitos já tinha ouvido falar muito) e jovens proprietários de hotéis com luzes de néon! Confirmei que, de facto, apesar de toda a chuva e frio que se faziam sentir, inúmeras pessoas de terras remotas fizeram questão de nos honrar com a sua presença (estranhei não aparecer ninguém em representação de Nadrupe, das Cardosas ou de Cotovelo... mas a doutrina é recente e a palavra Pachanga tem de ser preconizada com classe!!)
-Durante a minha localização na ala superior esquerda das mesas verifiquei que a organização tinha, de facto, pensado em tudo, não descurando nenhum pormenor:
.tinham sido selectivas nos media convidados para cobrir o grande evento;
.tinham conseguido toalhas de mesa verdes e até as fardas dos serviçais estavam de acordo com a temática;
.animadores circenses de quase meio metro vindos directamente do Chapitô dentro de sacos-cama com números arriscados e exóticos para o regozijo de alguns ou o pânico de pessoas mais sensíveis.
Nada tinha sido deixado ao acaso!
O próprio bar para onde se encaminharam depois do jantar, há muito reservado, não fugiu à temática: verde Pachanga, pois claro! Alguns dos convidados mais "animados" dessa noite teimam em afirmar a pés juntos que o bar tinha sido uma coincidência de percurso e que até era cor-de-laranja... o que, quanto a mim, só vem demonstrar o excelente serviço de logística providenciado pela equipa de organização do jantar no que concerne a bebidas alcoólicas!!
-Já depois do jantar, constatei o desânimo dos convidados quando se aperceberam que as fitinhas com célebres frases do Universo Pachanga aleatoriamente colocadas nos seus copos não eram propriamente rifas nem davam automaticamente o direito a prémios como Vaporetos Titano. Não, não... teriam de se esforçar muito mais do que um simples olhar para o fundo do copo.
-A partir daqui, foram vários os caminhos adoptados pelas equipas para alcançar os tão almejados prémios Pachangas:
.uns optaram por seduzir o júri com rituais de acasalamento em forma de dança;
.muitos optaram pela verborreia pomposa;
.alguns tentaram eufemeziar as suas definições de Pachanga;
.outros partiram para a jocosidade e para a condescendência;
.menos do que aqueles que estavam previstos optaram pela bajulação;
.menos ainda foram aqueles que enveredaram pelos caminhos do suborno...
Apesar de tudo, foram precisamente estes últimos que cantaram "Vi-tó-ri-a! Vi-tó-ria!" enquanto os restantes tiveram que se ficar por um "Ver-go-nha!".
Desenganem-se os que pensam que este "episódio" teve alguma influência no resultado final...
Infelizmente não teve... mas para o ano (sim, que a organização deixou no ar a promessa de um segundo aniversário!) será certamente tido como um dos principais critérios para a avaliação final. O suborno das 7 pessoas aleatoriamente escolhidas para compor o júri deverá constar no topo da lista de estratagemas a adoptar para alcançar a "Vi-tó-ri-a!"
Afinal... seja Martini ou Amarguinha, da Pachanes à Pachanguita, o que interessa é uma pinguinha! (pronto, a rima é ruim, mas foi o que se pode arranjar... fica a ideia...)

Centralino, A discoteca dos domingos

Pois é minhas amigas, no passado domingo tive o grande prazer de conhecer esta maravilhosa discoteca na sua grande noite gay!
Foi uma noite inesquecivel... com 99% da musica de "martelos", os outros 1% valem muito a pena, pois podemos contar com uma musica, normalmente da Madonna, dançada com a devida coreografia por 3 transexuais acompanhados por homens esculturais apenas em cuequinha!!! Muito à frente! Como se esta musica nao bastasse ainda ficam por la o resto da noite, juntamente com gays, mais transexuais (todos vestidos de modos bastante ousado), homens completamente babados a olhar para estes seres (homens por dentro, mulheres por fora) e, para também agradar ao resto, meninas com um belissimo corpo quase despidas!
Pode-se resumir num ambiente bastante "rosa de luz apagada"!

Espero poder partilhar convosco esta experiencia de vida quando me vierem visitar!

Beijinhos pachanga para todas

Monday, February 27, 2006

Para começar a semana

Pois é. A semana que passou foi histórica para este blog. Tivemos a honra de ler a prosa das nossas amigas Pachakitty, Pacharute e Pachanês e passámos a ter um agradável som de ambiente. Agora espera-se pela continuidade na contribuição em forma de postas ou do que vos for mais apetecível no momento minhas queridas.
Hoje, que é segunda-feira, e como acordei bem disposta (porque amanhã não trabalho, eh!) queria mandar um grande beijo de força para Pacharina que começa uma nova fase de sua vida, uma semana de Alan Rickmans para Pachanxoila e um gigante abracinho de sodaditas para a Pachanguita Júnior que deve estar a tremer a dentadura lá por Torino. A musiquita é para você minha amiga. Eu queria algo mais tradicional. Cujo conteúdo da letra incluisse qualquer coisa como És a piu bela picola bambina de Torino, mas não consegui encontrar. Espero que seja do agrado geral.

Fui.

Sunday, February 26, 2006

O dia em números


5o kg de peso
10 kg de gosma
20 kg de lenços de papel (85000 árvores mortas)
6089 neurónio mortos
1/3 de pulmão obstruído
56 colheres de xarope mucolítico
2 caixas de ilvico

Friday, February 24, 2006

Medo, muito, muito, muito, muito, Medo!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=Gi2CfuqcUGE

Frida Chegou!!!!!

Thursday, February 23, 2006

Sér(ie) ou não Sér(ie)

Ainda se lembram?

http://www.helicon7.com/90210/

Wednesday, February 22, 2006

Servizio Svegliare às 06h58!!!

Pessoa que anda tresmalhada em Itália sem nada para fazer... espero ao menos que percebas o título deste post!
-ler, s.f.f, a próxima frase com tom jocoso e condescendente -
Como foi bom acordar às 06h58 da manhã com a tua mensagem saudosa.. especialmente quando só me restava uma mísera meia hora no quentinho dos meus cinco cobertores e das minhas três mantas. Grazie Mille!
Escusado será dizer que, apesar de eu me ter arrastado até ao telemóvel, os movimentos do meu cérebro se encontravam bem mais lentos que os do meu corpo, daí que tenha ficado sem perceber se estavas completamente embriagada, com saudades nossas e apeteceu-te partilhá-lo connosco... ou se aquilo seria uma espécie de mensagem de despedida de alguém que estava prestes a cortar os pulsos ou a amarrar o Lombroso aos pés para se afogar no rio Pó...
Enfim, fiquei verdadeiramente preocupada contigo... p'ra aí durante 5 segundos, até a minha reduzida actividade cerebral me ter levado à conclusão que, de facto, quem proporciona um despertar colectivo a 6 pessoas aleatoriamente escolhidas e àquela hora, apenas merece algo do género de uns pulsos cortados ou um serviço despertar com Bonnie Tyler e Kareen Anton em dueto!!
Ouve lá, ainda não tens propriamente um Mr.Big a quem a gente possa dizer: "Go get our Girl!" que ela não está bem, está com saudades nossas!
Ah, pois é! Vais ter que te aguentar com o Aleksandr Petrovsky mais uns tempos, que nós só chegamos em Abril... carregadinhas de chóriças, entremeadas e chispalhadas!!
Não chora...
Beijo

O Festim

Como sabem, ou ficam a saber, realizou-se no passado dia 18, Sábado, o Jantar Pachanga & Friends. Foi um evento cheio de classe e bons momentos. Os convidados declaravam, entre uma dentada no lombo ou um gole da mais refinada sangria ou cerveja, que nunca tinham estado em tão excelsa festa. A finalizar o jantar, logo a seguir ao café trazido directamente das arábias, ao scotch destilado com a mais pura água dos alpes suiços e ao martini Verdum (um exclusivo Pachanga), tudo servido por jovens de kilt, a competição animou as hostes.

Criaram-se então 4 equipas marcadas pela fortuna, que neste caso consistiu em 20 papéis papiro com 4 frases em diferentes linguagens, dos hieróglifos ao cirílico, distribuídas pelos vários lugares da mesa do festim. Foram estas as denominações: Nobody puts Baby on the corner, Don’t put your heel down, don’t put your heel down, I carried a watermelon e This is my dance place. This is your dance place, verdadeiros dogmas directamente saídos das biografias não oficiais dos sábios Johnny do Utah e Frances da Virginia.

As provas consistiam em responder a um questionário sobre o Universo Pachanga, descrever em cinco frases o que é a Pachanga e demonstrar como seria a dança Pachanga. E depois de ter conseguido usar a palavra Pachanga 4 vezes na mesma frase, resta-me só dizer que os convivas deram um espectáculo assaz divertido, enfrentado sem medo o palco colocado a meio do salão e o olhar frio e crítico dos desconhecidos que faziam parte do outro convívio, um Congresso dos Estudantes de Física Quântica, que bebem Trinaranjus de Maçã, comem gomas e vêem episódios dos Friends.

Para abreviar aqui estão as definições de Pachanga com que nossos amigos nos presentearam.

Nobody Puts Baby on the Corner – Este grupo composto pela Duquesa Paty, da corte de Franca de Xira, a Ministra Anapovna, da República Independente de Alfragidovsky, o Professor Franciscus, da Universitat Musicale Barreirense e o Marquês Padilha, Senhor do Alto Mondego e da Rua do Cruzeiro escreveu:
- É uma dança latina, que devia ter aparecido no Dança Porca.
- É como o amor... é verde!!!!
- Um colectivo tresloucado de jovens com a mente no passado.
- É uma maçonaria pimba-foleira.
- É um elogio aos anos 80.

Don’t put your heel down, don’t put your heel down – Os excelsos membros desta equipa, que incluia a Diva Inêsita, solista do Teatri Nacionale du Barreiri, a Presidente Susana de la Rita, da República Democrática de Alenquer e Locais Perdidos no Mapa, o CEO John Megas, o homem por trás da Rã, Vírus Informáticos SA e o Conselheiro Gouveia, da Vila-Estado Figueirense, propuseram:
- Adoradoras de cadáveres e de verdosos.
- Dança da moda mencionada apenas no Dirty Dancing, que substituiu o cha-cha-cha.
- Reserva de Índios na Califórnia.
- Pessoas que dizem que bebem chá, mas só são vistas a beber cerveja.
- Casino em San Diego.

This is my dance place. This is your dance place – O único grupo exclusivamente masculino da noite, do qual faziam parte o Director Joseph Carlopov, dono do único grupo de comunicação da República Independente de Alfragidovsky e marido da Ministra Anapovna, o Dr. Marcus, Presidente da SAD do Sportivo Luxuoso de Biseu, o Principe Miguelito, herdeiro ao trono de São Domingos de Benfica e o Eng. Nelo Amelinha, vereador da Moral e do Respeito da Câmara de Trancão de Baixo, enunciou:
- Slogan dos camisas pretas no tempo do Mussolini: “Um lugar onde todos queremos estar”
- Provérbio Popular: “Homem que usa tanga ou está no Brokeback ou é Pachanga”.
- Substantivo Feminino que designa dança sul americana com forte agitação pélvica e descoordenada do movimento dos membros superiores.
- Adjectivo: diz-se daquela que usa verde a despropósito e que ri com demasiada frequência em ocasiões sociais não recomendadas pelo acto.
- Verbo: terceira pessoa do singular do verbo pachangar. Ex: Ela pachanga mal da boca.
- Advérbio: Pachanguissimo, grau superlativo relativo absoluto sintético analítico que designa um estado nirvana obtido através de vibradores com pilhas do lidl.

I carried a watermelon – A última e vencedora equipa da noite, agrupou o Druída Miguel, de Alenquerix, o Duque Serge, do Ducado Vila Franquense, o General Gonzalo, das legiões do Cruzeiro e da Parede e a Princesa Ana Bela, dos Persas de Odivelas. Aqui está o que escreveram:
P artido
A Alternativo
C ontra
H omens
A gressivos
N ojentos
G aranhões
A brutalhados

O movimento apresenta alguns comentários tecidos por algumas personalidades:
- “Cor da nova estação é oficialmente o Verde Pachanga! Instituído pelo Movimento Pachanga, torna-se o must das tendências actuais do mundo da moda”
- “Movimento Dogmático”
- “É uma pedrada no charco! Finalmente o sapo vira principe.”
- “Graças ao movimento pachanga a colina do sol tornou-se o destino mais desejado da população portuguesa”
- “Quando o movimento Pachanga chegar ao poder, toda a gente irá correr nua na Avenida da Liberdade”
- “É um blog do outro mundo!"

Tuesday, February 21, 2006

Nove anos depois


De vez em quando, deixo o meu cinismo de lado e acredito que estas coisas acontecem mesmo…

Uma homenagem a James



Ele era giro. Ele morreu cedo e ficou assim na memória de poucos e na alegria da reprodução fotogénica para todos os outros.
Ele continua a definir padrões de beleza masculina.
Fez apenas três filmes em cinema, mas é visto como um dos grandes actores do século.
Para nós simples pachangas, basta-nos este ar de animal abandonado e até esquecemos a poupa e o barrete.

Alan Rickman como solução para aqueles problemas...

Cara Minhoca,
Sem dúvida, a melhor ligação que recebi nos últimos tempos (a par de uma versão do Hung Up de Madonna por um grupo de travestis que dá pelo nome "Time gous by con Loli" - http://video.google.com/videoplay?docid=1118062670787157311)!!
Ver o Alan Rickman a bailar numa bomba de gasolina animou, sem dúvida, o meu dia cinzento de trabalho...
Não pude, por breves instantes, deixar de invejar a Sharleen e até odiá-la! Mas depois pensei: -Que raio de nome!! Coitadita... Depressa me imaginei num vestido preto e em cima dos meus manolo; o cheiro a gasolinha sem chumbo no ar; os camionistas a encostar, já movidos pelo desejo... e a banda sonora do Dirty Dancing a sair dos altifalantes do posto de abastecimento como banda sonora do nosso ritual de enamoramento...
O que me remeteu para duas problemáticas que já aqui partilhei convosco:
-Que um homem que não consegue beijar e movimentar-se ao mesmo tempo ao som de uma musiquinha é mau (muito mau mesmo)!
-Que meter gasolina não é coisa para nós!
Perspectivo assim o Alan Rickman como solução para estes dois problemas que me consomem...
E porquê? Porque sabe bailar... o que me leva a deduzir (talvez um dia o confirme!) que consiga beijar enquanto o faz... e, depois, porque baila numa bomba de gasolina...
Ponham o Alan Rickman a dançar na Galp ou na BP que eu, todos os dias, pegarei na mangueira, atestarei o depósito e sacudirei o pingo!!!

Monday, February 20, 2006

Hérnia disc(al)

Odeio a Enya. É daquelas pessoas que estão no meu patamar de ódio profundo, ao lado dos Scorpions, do Michael Bolton e Kenny G e a nível nacional a Mafalda “cara de ervilha” Veiga e o Represas.
As músicas da Enya pretendem ser calmas e relaxantes, transportar as nossas mentes para lugares longínquos e bonitos, fazer esquecer o mundo cão em que vivemos. Comigo não funciona. Cada vez que oiço aquela voz em fade da senhora, aqueles instrumentais longos com sininhos, os meus nervos começam a contorcer-se, como um intestino depois de ingerir vários litros de cola e algumas embalagens de gelado de chocolate.
Tento não odiar, porque isso faz mal às energias e aos meus chakras, recentemente alinhados. Mas não me é possível conter todo o vernáculo por aquele ser vestido à Bruma de Avalon meets Nárnia. E depois há a questão do nome, que rapidamente nos leva a pronunciar Hérnia, em vez do nome do cadáver cantante.
Ontem foi a gota de água. Estava eu, num sofá, rodeada das bolachas de domingo à noite, enrolada na manta, fresca e fofa, a ver o Sweet November, quando de repente aparece a cançoneta da senhora. Naquela parte em que o Keanu anda perdido, sem saber o que fazer, porque gosta da Charlize, mas tem de tomar uma decisão que vai mudar a sua vida. A música estragou tudo. O filme tornou-se uma merda. É o chamado tira tesão, em bom português.
Imagino várias situações em que a Enya aparece e estraga tudo.

- Primeiro encontro: vamos a casa do date beber um copo, a coisa está a correr bem e ele diz: - queres ouvir uma musicazinha??. Nós respondemos: - Claro – na secreta esperança que ele ponha a tocar um jazzinho simpático ou mesmo uma coisa intensio erótica do tipo Underwater Love dos Smoke City.
Começa a tocar o Amarantine. Tudo vai por água abaixo. Mesmo que ele seja do tipo Clooney meets Alan Rickman voice, não há a mínima hipótese.

- Vamos conhecer a família do nosso mais que tudo: Durante o repasto, a irmã mais velha do nosso babe mete uma música, para dar ambiente e quebrar o gelo da reunião familiar. Enya lá aparece a sair das colunas da aprelhagem, ao que a irmã comenta: - Adoro Enya! Gostas???
Ao que nós respondemos, atrapalhadas: - Ah, pois…. Não é bem o meu estilo, mas é bom, tem uma voz bonita… É claro que por dentro estamos em conflito por termos dado o nosso aval positivo àquele pedaço de cantora, correndo o risco de levar com a Enya para o resto da vida, aquando dos jantares e almoços de família.

Muitas mais situações existem, mas agora não posso escrevê-las porque tenho de ir ali gravar o novo CD da Bonnie Tyler. Isso sim é música. Até já, amigos.

Friday, February 17, 2006

Spam & Sperm

O gmail é o mail do sucesso. É funcional, giro, prático e tem uma coisa genial. Filtra o spam, que é com quem diz a nheca que circula na net, o pus que infecta a crosta desta rede global.
O mais interessante são os assuntos dos mails spam recebidos.

A Yvonne Givens mandou-me assim um bonito correio electrónico com a seguinte frase, que passo a citar: Shame of Sex? We can change it!
Não abro estes mails normalmente, com medo que bichinhos ferozes me comecem a comer o pixelmans. Mas este despertou-me a atenção. E tive de o abrir.
Prometem uma operação indolor e baratusca. Boa. Gostei. Mas acho que por enquanto, vou ficar com o meu próprio sexo. Só naquela, a ver se pega.
Continuando pelo mundo do spam, deparo-me com uma coisa hilariante. O enlarge your penis é já um clássico, mas este surpreendeu-me: Safe way to drown your girlfriend in cum. Want to ejaculate like a porn star?
Eu não ejaculo, mas também não gostava de ser a namorada do senhor que vai comprar estas drogas john holmianas. É que uma ejaculação tipo mangueira dos Bombeiros Voluntários não tem nada de atraente.
Mais um mail chamou a minha atenção. Réplicas perfeitas de relógios suíços. Pois, não tem nada de sexual, mas é parvo. É só isso.
Mas quando me preparava para apagar a sífilis cibernética que cai no meu mail como chuva na floresta tropical, deparei-me com uma coisa curiosa.
A semana passada pedi umas fotos a um padre, por causa de uma reportagem que fiz de uma festinha de jovens católicos aqui na terra. O senhor cura disse que me enviava fotos de jovens felizes a orar, apelando à vida e eu assim o recebi. Mas recebi este mail na pasta de spam, ao lado da mensagem de Nelly Kimble, com o seu increase your sexual desire. Não consigo deixar de perguntar qual é o critério dos senhores que controlam este sistema do google. Perdoem-me a ignorância, mas como é que um mail com fotos de jovens a fazer rodas e a rezar foi parar ao paraíso da badalhoquice das caixas de correio de uma pachanga? Não são só os desígnios do Senhor que são misteriosos. A Internet também o é.

Hoje só me apetece ouvir isto... Serei normal???

I hope that i don't fall in love with you
Por Tom Waits

Well I hope that I don’t fall in love with you
’cause falling in love just makes me blue,
Well the music plays and you display
Your heart for me to see,
I had a beer and now I hear you
Calling out for me
And I hope that I don’t fall in love with you.

Well the room is crowded, people everywhere
And I wonder, should I offer you a chair?
Well if you sit down with this old clown,
Take that frown and break it,
Before the evening’s gone away,
I think that we could make it,
And I hope that I don’t fall in love with you.

Well the night does funny things inside a man
These old tom-cat feelings you don’t understand,
Well I turn around to look at you,
You light a cigarette,
I wish I had the guts to bum one,
But we’ve never met,
And I hope that I don’t fall in love with you.

I can see that you are lonesome just like me,
And it being late, you’d like some some company,
Well I turn around to look at you,
And you look back at me,
The guy you’re with has up and split,
The chair next to you’s free,
And I hope that you don’t fall in love with me.

Now it’s closing time, the music’s fading out
Last call for drinks, I’ll have another stout.
Well I turn around to look at you,
You’re nowhere to be found,
I search the place for your lost face,
Guess I’ll have another round
And I think that I just fell in love with you.

Thursday, February 16, 2006

Palavras amigas

Mais uma referência à nossa contribuição no Universo Bloguista e não só.

http://o-sabor-da-cereja.blogspot.com/

PS: Se bem que esta é bem caseira.

Sensibilidade e Bom Senso VS Orgulho e Preconceito

Será a Margarida Rebelo Pinto a Jane Austen dos tempos modernos? Serão uma única e a mesma pessoa?
Aparentemente, Jane Austen terá a capacidade de se autoplagiar de um romance para outro... pelo menos se seguirmos as adaptações para cinema das suas obras "Sensibilidade e Bom Senso" e "Orgulho e Preconceito":
-as protagonistas são invariavelmente irmãs;
-uma delas mais ajuizada e contida nas suas emoções (normalmente a mais velha); a outra a atirar para a libertinagem;
-o enredo passa obrigatoriamente pela história das suas paixões impossíveis por homens impossíveis: seja devido a diferenças de status entre as famílias, ou à existência de compromissos e noivados anteriores que os protagonistas masculinos assumiram, ainda que não se lembrem muito bem quando (nessa altura era tudo gente de palavra, portanto!!)
-há sempre uma altura em que elas, descompostas e desgrenhadas de andarem a correr pelos campos verdejantes, recebem a visita inesperada dos seus amados e o cómico de situação passa por se arranjarem à pressa e fingirem que estão languidamente dedicadas aos seus lavores femininos (piano, literatura e bordados!);
-os homens usam todos "ceroilas" mas têm um charme e uma dentição acima do comum dos mortais;
-previsivelmente, quase todas elas acabam casadas com o homem desejado.
Mais... que raio de títulos!!! Títulos compostos sempre por duas palavras...
Ok, a época era outra... usavam coifas na cabeça e para dizerem "amo-te" andavam com florzinhas e rodriguinhos do tipo: "fico assaz ruborizada quando se aproxima de mim"; "tenho-o em alta estima e consideração".
Imagino que para a senhora, apenas "Bom Senso" não traduziria o casamento de Marianne Dashwood com o coronel Brandon; ou que "Orgulho" não expressava suficientemente bem a impossibilidade de Elizabeth Bennet amar Mr. Darcy...
O que me leva a concluir que, se hoje estivesse entre nós, Jane teria lançado um best-seller com o nome de.... "Jocosidade e Condescendência".
Depois de ver "Orgulho e Preconceito", "Sensibilidade e Bom Senso" será certamente uma desilusão... como diria uma amiga, os cowboys gays de Brokeback Mountain têm mais química que alguns pares que surgem no grande ecrã... Hugh Grant e Emma Thompson serão disso um belo exemplo... não senti amor no ar, nada, zero!!
Mas, eis que surge Alan Rickman na pele de coronel Brandon (personagem secundária, é certo) e o meu coração começou a bater assaz depressa. Trocava todos os Mr. Darcys das adaptações televisivas e cinematográficas do mundo por Alan Rickman.
A voz, o charme, o "beicinho" e até as mãos do senhor.
Ruborizei, rendi-me às evidências... e apaixonei-me!
Tem quase 60 anos, mas isso não interessa nada...
Quero o Alan Rickman a recitar-me Shakespeare ao pequeno-almoço; quero o Alan Rickman a dar-me canja de galinha quando eu estiver doente; quero o Alan Rickman a dizer para não me esquecer dos Trifene em cima do frigorífico; quero o Alan Rickman a acordar ao meu lado cheio de remelas e a dizer-me "Bom Dia!"... Será pedir muito?!?
Ouçam e chorem por mais...
Alan Rickman Sound Gallery

Com o alto patrocínio da Dzainer do Sucesso

Calha a todas


Ela pode ser uma estrela emergente, protagonista da série do momento, convidada regular de cerimónias de entrega de prémios, balls ou tea parties, mas quando chega à hora de abastecer o automóvel fica com a mesma cara de parva que o resto da humanidade feminina. Perdida? Oh filha, durante esse momento do demo estamos todas.

Wednesday, February 15, 2006

Tal e Qual

Tem-se falado imenso que estamos no limiar da clonagem generalizada e vendida em lojas de conveniência, mas quanto a mim isso é algo que já tem vindo a ser feito há muito tempo, e quizá, talvez uma pequena investigação ajude a provar, aqui mesmo. Neste país em que bica é cafézinho, cimbalino é bica e vai-se a ver são todos café.
Esta teoria é partilhada na causa pachanga, veja-se o caso da nossa querida Pachaxoila que há tempos defende que a Dina, “Amor de Água Fresca” e a Tété, “Mulher-Palhaço”, são uma e a mesma pessoa. Tal como Artur “Nasci, Sonhei, Cresci e Amei” Garcia e Tom “Sex Bomb” Jones.

Sim, é perfeitamente comum no nosso dia a dia encontrarmos pessoas que nos lembram outras. Não sei se é influência de Pachaxoila, mas dou por mim de vez em quando a descobrir pequenas semelhanças. Ainda o outro dia um saco de papel do LIDL fez-me lembrar o meu professor de Português do 5º ano. E quantas vezes não olho de novo para o cartaz semi-decomposto de Cavaco Silva pelo qual passo todos os dias porque tenho a certeza que vi o C3P0, cinzento e com um olho pendurado por fios de toda a espécie?

Nos últimos tempos ninguém me tira da ideia que a Linda de Suza é a Arlinda Mestre, a Bonnie Tyler a senhora que mete medo do Zorba e o David Hasselhoff o Júlio “Casino do Estoril” César. É que se isto da clonagem cadáver se pega, é uma verdadeira chatice. Que será de nós quando corrermos constantemente o risco de levar com o Jean Paul Grosselar na bomba de gasolina, a Paris Hilton na Bershka e o baterista dos Def Leppard a vender raspadinhas?

Tuesday, February 14, 2006

O futuro de Baby e Johnny

Uma bonita reflexão sobre O FILME, minhas amigas...

Uma foto para o dia


Assim que a vi pairando como um satélite perdido nesse universo de zeros e uns, lembrei-me de vocês amigas (e amigos).
Neste dia de consumismo disfarçado, ocasional mau gosto e sentimentos em loop, fica a tranquila sexualidade destes generosos senhores.

Monday, February 13, 2006

Jantar Pachanga & Friends --à semelhança de Pavarotti & friends, mas sem pessoas gordas


A grande festa vem aí.

Pois é, meus amigos o Mundopachanga decidiu comemorar um ano de fantásticas reflexões sobre o pachanguismo e fazer um genial jantar abrilhantado por nós próprias, mulheres do sucesso.

Só posso dizer que muitas surpresas estão a ser preparadas para o próximo sábado, dia 18, aquando de nosso repasto Pachanga, em Lisboa, no restaurante Bandolero, ali para os lados de Santos.

Vai haver muita animação e muitos prémios para os participantes.
Sim, vamos aproveitar para entregar os prémios do fantástico Concurso do Conto Erótico da Pachanga. Por isso, se estão nomeados, é melhor irem, porque nem imaginam o que vos espera….

O traje é informal, mas há um requisito. Os convivas terão de levar algo verde pachanga. (pode ser uma peça de roupa, um acessório, uma sombra de olhos), etc, etc, etc…

Venham todos à grande festa!! Queridos leitores e bloggers pachangas desta ervilha que é o mundo, vinde! Correremos sem roupa e seremos felizes!

Mandar confirmação para o mundopachanga@gmail.com, rápido, sáchavór!

Que o poder da Pachanga esteja convosco!!!!

Madonna vs Gorillaz

A Madonna, os Gorillaz e os De La Soul abriram a última edição dos Grammys.

A ver em http://music.yahoo.com/promo-25023071.

Notícia Pachanga

Kim Cattral (Samantha Jones) é a nova contratação de Desperate Housewives. Agora é esperar para ver...

Saturday, February 11, 2006

Ela tem tudo para ser pachanga


Bo Derek

Corre nua
É cadáver
Só aqui estão dois requisitos importantíssimos para se ser um ícone pachanga

Continuemos:
Fez filmes maus (o próprio marido os realizou e colocou sua dama sempre em pelota)
Para além de correr nua a senhora andou desnuda em cima de um cavalo, facto que deve ser assinalado e que será estudado pela comunidade pachanga como um possível desporto a adoptar
Está a ter um envelhecimento nada favorável para ela
É um cadáver (já disse esta, não foi?)
Teve seios firmes, em tempos
O próprio nome Bo, pode dar origem a várias interpretações, todas elas de cariz sexual

Respostas ASAP, sachavór...

Thursday, February 09, 2006

Pessoa do Dia


ERIC BANA
Para nós, pobres e pouco crentes almas que fomos ver esse sonorífero de milhões de dólares chamado Munique, valeu-nos este belo pedaço de genética australiana.

Wednesday, February 08, 2006

Uma festa muito bem populada


Estavam animados alguns dos muitos convidados das comemorações do primeiro aniversário do blog MundoPachanga.
Entre um Cosmopolitan e um croquete de fillet mignon, falava-se de botox, pochetes, lipoaspirações, grammys latinos, ioga e pilatos, implantes de toda a espécie e calças de cabedal.
Ao som da saudosa música dos 80's generosamente mixada por Reinaldo e Bonnie, os convivas seguiam pelos muitos plasmas que os rodeavam a chegada das anfitriãs que se atrasaram devido a um engarrafamento de limusines na Infante Santo.
Mais pormenores sobre a festa daqui a alguns dias.

Adaptação Desesperada



Já que estão na moda as adaptações, porque não a versão à portuga de outro seriado virado para o gajedo, que até tem um título bastante aplicável à mulher lusa? Estas poderiam ser as seis personagens principais:

Susana Aurélia- Divorciada de 39 anos. Ganhou muito peso depois de saber que o marido a tinha traído com uma loira de 1,80m, que mais tarde se veio a descobrir já ter sido um moreno de 1,80m. Perdeu os quilos a mais à custa de muito exercício, mas vive obcecada com as estrias e a celulite por isso divide o seu tempo entre besuntar-se de cremes e andar com a prima Claudette, que tem 56 anos e vive atormentada por uma hérnia discal.
Neurótica q.b. tem uma filha de 17 anos, sobre a qual diz a quem quiser ouvir que são as melhores amigas. Com tanta proximidade é estranho que desconheça que a filha já fez um aborto, saiu da escola e planeia ir viver com o Zé, que trabalha num call center na cidade e vive com o irmão, a mulher do irmão e os seus três filhos numa casa com 2 assoalhadas

Lisete Maria- Com 40 anos e muito bem casada com o seu namorado de infância, esta brilhante estudante de Contabilidade, deixou para trás uma vida de sucesso após sucesso no mundo fiscal para se dedicar à família. Com quatro filhos e uma hipoteca a 50 anos, Lisete é uma mulher conformada. Divide o seu tempo entre limpar, lavar e ralhar, gerindo a casa com o punho de ferro que caracterizava a sua performance profissional.
Com tanto tempo ocupado, descuidou um pouco a sua imagem sendo vista frequentemente a usar fato de treino e ocasionalmente sem o buço feito.
O seu maior (e único) divertimento é transformar as tarefas diárias em haveres e deveres, contribuições e deduções. Assim uma actividade simples como lavar a loiça transforma-se num quadro contabilistico, donde frequentemente resultam ganhos e perdas como um copo, um garfo ou um esfregão.

Gabriela Carolina- A mais nova das seis amigas, tem 37 anos. De descendência cabo-verdiana, a sua cor de pele está entre o castanho amêndoa e o dourado. Herdou da mãe as formas curvilíneas e um extraordinário jeito para a dança. É bonita, sabe-o e usa-o. Está casada há três anos com o maior dealer do bairro, mas finge não o saber. Ele nunca escondeu a riqueza súbita. É visto frequentemente ao volante do seu Mercedes SLK amarelo e inconfundível, sobretudo pela Nossa Senhora de Fátima em neon que pisca no vidro detrás.
Gabriela mantém uma relação extraconjugal com o João, que conheceu no dia em que lhe foi instalar a ADSL. É uma visitante assídua do Vai-te Pneu Vai-te, o ginásio do Bairro, para grande desespero do dono, um gigante de 100 quilos só de pernas, que passa a vida a choramingar porque ela não lhe liga nenhuma.

Brisete Constança- Com 40 anos e casada com um ginecologista, esta filha de boas famílias que cresceu no Restelo e acabou a morar na Reboleira, é a dona de casa perfeita. Toda a gente lhe reconhece a arte do seu Cozido, do seu Bacalhau à Mil Diabos ou do seu Arroz Doce. Ultimamente tem feito sucesso com os seus pãezinhos em forma de telemóvel de terceira geração. Tem dois filhos adolescentes, mas não consegue comunicar com nenhum dos dois. Não compreende que a filha se vista como uma prostituta e que ande pelos cantos a suspirar Ai Dessert ou Quero os Morangos com Açúcar e depois diga que está de dieta. Com o filho, simplesmente ultrapassa-lhe ele fechar-se no quarto em frente ao computador a queimar incenso e estar sempre a dizer que vai à rua comprar papéis quando ela nunca o vê a escrever.
Nos últimos tempos desenvolveu uma patologia nunca antes vista que consiste em comprar compulsivamente revistas Maria, tirar-lhes a capa, cobri-las em naperons, fechá-las com ponto cruz e guardá-las por cores em caixas de madrepérola com motivos incas Made in China.

Eduardina Andreia- Esta viúva de 41 anos começou a ganhar a vida como cabeleireira com apenas 15 anos. Aos 21 tinha o seu próprio salão e o recorde inultrapassável de 4534 mises e 9300 brushings. A cor original do seu cabelo é um mistério insondável. Com 25 anos e na fase ruiva casou-se com o seu gestor de conta. Com 28 e na fase morena divorciou-se e voltou a casar desta vez com o seu advogado. Separou-se ao fim de 3 anos e um mês depois passou a loira e a Senhora Rodrigues, esposa dum respeitável construtor civil. Deixou de trabalhar só que passado um ano o marido morreu de ataque cardíaco e deixou-a só com uma herança calculada em acções da Cimpor, terrenos expropriados na Ota, um condomínio em Estombar e uma colecção incomparável de anéis de ouro para pôr no dedo mínimo. Desde aí não voltou a casar nem a mudar a cor do cabelo.
É conhecida na vizinhança como fácil e oferecida, tal a quantidade de homens que frequentam a sua casa. Nunca se deu ao trabalho de desmentir os boatos, mas a verdade é que teve tantas dívidas para pagar depois do marido morrer, que agora ganha a vida a como conselheira sentimental, e ocasionalmente pedicure, de homens com mais de 50 anos com dúvidas sobre a sua sexualidade

Marie Alice- Cresceu nos subúrbios de Paris, donde saiu para viver com o marido polícia nos subúrbios de Lisboa. Tem um filho com 16 anos que conseguiu a proeza de em menos de quatro anos ser expulso da Escola Militar, ser chefe de um gang, ter atropelado um velhote quando conduzia sem carta, estar internado no Júlio de Matos e ter visto todos os concertos dos Ratos do Porão em Lisboa e arredores.
Viciada em Xanax, telenovelas e promos da SIC Mulher, Marie Alice faleceu recentemente quando a correr para ver o Goucha tropeçou na cabeça do urso que serve de tapete da entrada, foi embater na porta do armário onde o marido guarda os casacos, fazendo com que um deles caísse e a arma com ele, que ao embater no chão disparou e lhe acertou pertíssimo da jugular, mas não o suficiente para morrer no momento. Ainda conseguiu chegar ao telefone e telefonar para o 112 mas era dia de greve e estava tudo a protestar lá para os lados do Terreiro do Paço, restando uma funcionária que nesse preciso momento tinha ido à casa de banho porque tinha exagerado na delícia gelada de kiwi nos anos do sobrinho no dia anterior. Arrastando-se com extrema dificuldade pelo corredor forrado a alcatifa, Marie Alice atingiu a porta da entrada mas não a conseguiu abrir porque estava perra desde a inundação que houve no andar de cima. Sufocando e sem forças, morreu como se estivesse prestes a abraçar alguém invisível. Para a família e amigos a posição da falecida é a derradeira prova do suicídio, mostrando que mesmo no seu momento mais desesperado Marie, não deixou de prestar homenagem à sua cantora preferida, a grande Amália Rodrigues

Tuesday, February 07, 2006

Até o Markl é fã do Dirty Dancing...

http://www.havidaemmarkl.com/havida.html

Chakra alinhado, pessoa feliz

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Só me apeteceu cantar, relembrando Baby e Johnny

"Now I've had the time of my life
No I never felt like this before
Yes I swear it's the truth
and I owe it all to you"

A solução para os nossos problemas... ou pelo menos, para um deles...

22h. Começo a pensar em ir à BP de Carnaxide.
Pois, daquelas coisas que todas nós temos que fazer, às vezes, quando não dá mais para ignorar o desenho cor-de-laranja que se acende bem à nossa frente e para não correr o risco de ficarmos paradas algures entre monsanto e outro sítio qualquer...
Nem vale a pena dizer o quanto partilho da repulsa já aqui expressa em meter gasolina: o interminável pingo; o acto machista implícito no sacudir da mangueira; não conseguir abrir o depósito... enfim, um rol de coisas que nos afastam desse universo masculino e o tornam desconhecido a nossos olhos.
22h05... fui buscar um amigo.
Já que tinha que ir, preferia não ter que enfrentar sozinha o duro e vil acto de meter gasolina. Mas, logo me foi calhar um que nem sequer tem carta de condução. Ou seja, para além de nunca ter conduzido um carro, nunca se viu confrontado com as situações acima descritas... há gente que faz boas opções na vida.
22h10... de mangueira na mão.
Apercebo-me que dos altifalantes do posto de abastecimento (aqueles por onde soam as vozinhas demoníacas que nos dizem... está em pré-pagamento, escusa de tentar!; pode abastecer, agora!; não disse que era sem-chumbo 95, tem de vir aqui para eu alterar!) saía o relato do Porto x qq coisa... (que eu, para futebol, já se sabe...)
22h15Fico fula!!... já sem a mangueira na mão! (Não fosse dar-me vontade de fumar um cigarro para descontrair e tal...)
Tenho que meter gasolina e ainda tenho que levar com o relato do futebol!!! Onde já se viu?!?
22h20 Decido fazer uma prospecção de mercado e perceber qual a viabilidade de abrir um posto de abastecimento direccionado para mulheres.
22h25 Começam a desenhar-se os contornos da minha revelação...
-Um local dominado por cores quentes e atractivas;
-As senhoras dizem o combustível que querem nas suas viaturas e deixam o carro entregue a empregados criteriosamente seleccionados: morenos, esbeltos, bronzeados e envergando jardineiras com o logotipo da empresa;
-As que preferirem, podem ficar dentro da viatura enquanto os "gasolineiros/mecânicos/modelos dos iogurtes corpos danone" se encarregam dos seus automóveis.
-As campanhas promocionais passariam por: Abasteça com 50 litros e ganhe uma manicure!; Abasteça com 75 litros e ganhe uma lavagem ao carro com essências de algas marinhas e frutos silvestres!
-Os produtos alimentares à venda nos restaurantes e nas lojas seriam à base de produtos dietéticos e macro-bióticos;
-As publicações sobre automóveis e os jornais desportivos seriam substituidos por revistas de decoração, cinema e mergulhadores gordos (fait-divers, para os conhecedores!); muito na base do cor-de-rosa, portanto...
-Os lubrificantes, óleos para o motor e toda a parafernália à venda nestes sítios para melhorar a performance das nossas viaturas seriam imediatamente substituídos por DVD's do Sexo e a Cidade (entre outros); DIUs; produtos de cosmética; bonequinhos da Hello Kitty e por coisas perfeitamente inúteis e fúteis para colocar nos nossos carros e/ou simplesmente comprar.
-Um espaço onde a mulher se sentisse única e onde a sua viatura fosse tratada como única.
-Um espaço para a mulher sensível, atraente, moderna e dinâmica! (Onde é que eu já ouvi isto?!)
-A campanha de marketing passaria:
numa 1ª fase: convidando as mulheres para brunchs, em que se apostaria na divulgação pessoal e no efeito bola-de-neve. Aqui, lançar-se-ía a marca em forma de boato... em forma de ouvi dizer... ;
numa 2ª fase, pelo incremento da marca através de suporte televisivo, nomeadamente, com um número de inserções consideráveis no canal por cabo SIC Mulher;
numa 3ª fase, pelo marketing directo, com pessoas a distribuir planfletos nuas e a gritar: eu abasteço AQUI!
São apenas os primeiros tópicos que constam do meu estudo... ainda me falta pensar em termos de prováveis parcerias.
Vou apresentando os relatórios, fiquem atentas...

Visões dum país cheio de gente bonita, bonita

No outro dia tive uma visão no mínimo castiça. Ia eu no meu carrinho numa das muitas rotundas de VRSA, quando reparo bem no veículo que ia à minha frente. O seu condutor tratava-se sem dúvida dum Português, com letra grande. Daqueles que bradam aos quatro cantos do mundo e aos mais recônditos buracos negros do Universo a sua lusa ascendência. Vou tentar descrever para ficarem (ou não) com a imagem. Primeiro imaginem a parte de cima dum porta bagagem. Agora coloquem-lhe em cima um touro, daqueles pequenos, para por em cima do naperon na mesa lá de casa. Ao lado do touro, a imprescindível Nossa Senhora de Fátima. Do lado direito de tão provocador arranjo, um galo de Barcelos, of crose. No canto, meio escondida mas perfeitamente visível, a chaminé de barro a dizer Algarve. Do lado contrário, algo que agora não me lembro mas que era tão mau ou pior que o anteriormente descrito. Ah, e a bandeira nacional a cobrir a cabeceira do banco do condutor.
Como é que seguindo as leis da física tanto objecto se aguentava em pé nas muitas curvas do percurso, talvez cola ou velcro sejam a resposta. A verdade é que a visão foi grotesca. Fez-me lembrar uma certa sala, num certo quinto andar duma certa rua que conheci em tempos. Quase que dava para imaginar, alegres e contentes, conversando no banco detrás o estudante de Coimbra, o Zé Povinho e a Linda de Suza.
Quando cada um de nós, condutores, fomos à nossa vida, ele para um lado e eu para outro, pude então reparar no detentor de tão popular altar e lá estava ele, farfalhudo e queimado pelo fumo do vício, esse sim o verdadeiro símbolo do portuga de barba rija e pelo no peito, amante do torresmo, tremoço e da loira fresquinha, pedaço de pelo ridículo sem razão aparente para o seu uso ou ostentação, chamado bigode. Espero sinceramente que ele, o dono e o veículo não se voltem a cruzar com a minha pessoa. É por coisas como esta que existem tantos acidentes nas estradas portuguesas.

Friday, February 03, 2006

Danças com celebridades


Será que neste novo programa da RTP os concorrentes célebres vão dançar a pachanga?

Wednesday, February 01, 2006

MAI NADA!
Se o argumento fosse escrito por nós seria certamente sublime, recheado de intrigas, nada verborreico e acima de tudo carregadinho de classe e nonsense muito Pachanga à mistura...
Até parece que consigo imaginar um pequeno diálogo entre a versão portuguesa de Carrie e a adaptação lusa de Samantha.... (e a respectiva tradução, de pachanguês... para pachanguês!)

C: Quiducha, como estás hoje? (Hi, sweety!)
S: Não estou grande coisa, estou com uma Bonnie Tyler... (Tou com uma azia...)
C: Isso não será de alguma coisa que comeste ontem no piqueno-almoço reforçado que tomaste eram quase horas de almoço? (Terá sido do Brunch de ontem?!?)
S: É capaz de ter sido... até porque depois fiquei com uma vontade enorme de dar 3 Patrick Swayzes!!! (Talvez, apeteceu-me dar 3 peidos!)
C: És uma Jennifer Grey! (Sua doida!)
S: E tu, quiducha, como estás? (E tu, sweety?)
C: Olha, também não estou lá muito bem... estive a fazer exercício e estou de rastos. (Mal, mal... andei a correr toda nua.)
S: Isso quer dizer que hoje não há Manolo, baby? (Não vais às compras, hoje?)
C: É provável, hoje não me apetece Stanford! (Não me apetece fazer um cú!)
S: A mim também só me apetece coçar o Dirty Dancing! (A mim, só coçar a micose!)
C: Meus deus, será que estamos a ficar umas velhas empedernidas?!? (Are we becoming cinical?)
S: Fala para a mão, avózinha! Só se fores tu... Que eu hoje ainda tenciono ir fazer o amor com alguém desconhecido! (Talk to the hand, granny! Mai logo vou foder!)

MANIFESTO ANTI-SÉRIE DA TVI BASEADA NO SEXO E A CIDADE

CÓPIA VIL E FEIA DO MANIFESTO ANTI-DANTAS DE
José de Almada-Negreiros


BASTA PUM BASTA!

UMA GERAÇÃO, QUE CONSENTE DEIXAR-SE REPRESENTAR POR UMA CÓPIA É UMA GERAÇÃO QUE NUNCA O FOI! É UM COIO D'INDIGENTES, D'INDIGNOS E DE CEGOS! É UMA RÊSMA DE CHARLATÃES E DE VENDIDOS, E SÓ PODE PARIR ABAIXO DE ZERO!

ABAIXO A GERAÇÃO!

MORRA O INTIMIDADES, MORRA! PIM!

UMA GERAÇÃO COM UMA SÉRIE FOLEIRA DA TVI A CAVALO É UM BURRO IMPOTENTE!

UMA GERAÇÃO COM PRODUÇÃO NACIONAL MANHOSA À PROA É UMA CANÔA UNI SECO!

O GAJO QUE TEVE ESTA IDEIA DE MERDA É UM CIGANO!

O GAJO QUE VAI REALIZAR ESTA MERDA É MEIO CIGANO!

O ARGUMENTISTA SABERÁ GRAMMÁTICA, SABERÁ SYNTAXE, SABERÁ MEDICINA, SABERÁ FAZER CEIAS P'RA CARDEAIS SABERÁ TUDO MENOS ESCREVER QUE É A ÚNICA COISA QUE ELLLE FAZ!

O JOSÉ EDUARDO MONIZ PESCA TANTO DE POESIA QUE ATÉ FAZ SONETOS COM LIGAS DE DUQUEZAS!

A SILVIA RIZZO É UMA HABILIDOSA!

A SOFIA ALVES VESTE-SE MAL!

A SÃO JOSÉ CORREIA USA CEROULAS DE MALHA!

A SANDRA FALEIRO ESPECÚLA E INÓCULA OS CONCUBINOS!

ESTA SÉRIE VAI SER PIOR QUE O DANTAS!

O DANTAS!

Olha o traila bonito

Como estamos em época de colheita cinéfila e na onda dos oscares, aqui estão alguns trailers dos (pelo menos à primeira vista) interessantes nomeados deste ano:

http://www.rottentomatoes.com/m/transamerica/trailers.php

http://www.rottentomatoes.com/m/1151898-capote/trailers.php

http://www.rottentomatoes.com/m/walk_the_line/trailers.php

http://www.rottentomatoes.com/m/march_of_the_penguins/trailers.php

http://www.rottentomatoes.com/m/good_night_and_good_luck/trailers.php

http://www.rottentomatoes.com/m/howls_moving_castle/trailers.php

http://www.rottentomatoes.com/m/hustle_and_flow/trailers.php

http://www.rottentomatoes.com/m/paradise_now/trailers.php